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A definição clara de um marco regulatório, o controle e a fiscalização das atividades dos analistas e profissionais que atuam no mercado de capitais por eles próprios são soluções para evitar crises econômicas como a de 2008? Esta questão será um dos principais focos do 21º Congresso da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais - Apimec, que será realizado entre os dias 25 e 27 de agosto próximo, em Belo Horizonte. Segundo Lucy Sousa, presidente da Apimec Nacional, o assunto deverá gerar muita discussão, afinal, especialistas acham que a retirada da atividade regulatória das mãos do estado e seus órgãos reguladores foi uma das causas da última crise financeira mundial, já que alguns segmentos do mercado atuavam de forma desgovernada e não transparente. Outro grupo acredita que o que ocorreu foi falta de regulação. Para ela, a definição de regras claras permite delegar parte da supervisão das atividades do mercado de capitais às entidades do setor, que têm mais conhecimento do funcionamento de sua atividade. Assim, os clientes ficarão mais seguros quanto às recomendações feitas pelos profissionais de investimento. Diante da crescente adesão do mercado brasileiro ao modelo de transferência da atividade regulatória para instituições setoriais, o assunto terá atenção especial no principal evento brasileiro destinado ao mercado de capitais. A Apimec, que agora passa a ser responsável pela função de autorregulação e supervisão dos analistas de valores imobiliários, aproveitará seu congresso para estimular a discussão entre entidades do mercado já autorreguladoras, outras que vão assumir esse papel e os próprios profissionais da área.