A estrutura de governança das empresas familiares chinesas é restrita por mercados de capitais imaturos e restrições a finanças pessoais. O resultado é uma estrutura de propriedade concentrada, mas com tendências a uma maior profissionalização da gestão, mesmo se o ambiente institucional não se alterar significativamente. O caso das empresas chinesas se assemelha ao das organizações familiares brasileiras, na qual a falta de possibilidade de saída impede a execução de uma estratégia financeira familiar eficiente, mantendo a concentração de risco da família correlacionada com o da empresa familiar.

Imaginemos um empreendedor bem sucedido, que construiu uma empresa sólida e que deve decidir sobre a relação de sucessão e o processo de profissionalização da empresa, desenhando a estrutura ótima de Governança Corporativa que alie seu planejamento pessoal e o desenvolvimento da empresa. A idéia central desse artigo é analisar as questões e desafios que esse empreendedor, agora controlador principal, enfrentaria no caso do mercado chinês, seja no caso de uma empresa de capital fechado ou aberto.