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- Vamos colocar o plano em prática e aumentar a exposição.
- Beijo, te cuida, e quero ver o milagre da multiplicação das ações.
As mensagens acima trocadas por e-mail, entre eu e o então acionista da Mundial S/A, Rafael Ferri, em fevereiro de 2011, foram publicadas na revista Exame, de 13/06/2012, em matéria assinada por Thiago Bronzatto, sobre os bastidores do escândalo envolvendo as ações da Mundial. Na reportagem, o jornalista afirmou que a Polícia Federal havia indiciado quatro pessoas na chamada “Operação Insider” e citou meu nome como uma delas. A investigação, iniciada em julho de 2011, foi deflagrada após o estouro da “Bolha do Alicate”, apelido como ficou conhecido o caso no mercado. A seguir, conto, em primeira mão à revista RI, o papel que desempenhei em todo esse processo de comunicação da Mundial com o mercado de capitais.
Na época, em que as referidas mensagens foram trocadas, eu havia sido contratada pela Tamer Comunicação, uma das maiores assessorias de imprensa do Brasil especializada em economia e finanças. Depois de mais de dez anos em redação, tinha decidido deixar de escrever reportagens diárias para me dedicar a assessoria de comunicação, atendendo empresas para aumentar sua exposição junto à mídia. Após a troca de e-mails, o Sr. Ferri, que tinha o desejo de ver o “milagre da multiplicação das ações” da empresa Mundial, que então investia, apresentou-me semanas depois ao presidente da Mundial S/A, Michael Ceitlin, executivo que eu havia conhecido como repórter há muitos anos, sugerindo a ele meu nome para desenvolver um trabalho de comunicação para sua empresa. Uma vez que fui contratada, o Sr. Rafael Ferri não mais participou do processo. Esse foi o início do trabalho que desenvolvi para aumentar a transparência da empresa junto ao mercado, e que acabou levando a Mundial ao “céu e ao inferno”, e tornou o caso um divisor de águas no mercado. Em fevereiro de 2011, eu não tinha a mínima ideia do que estava para acontecer.