Bons ventos da economia e janela favorável para IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) trazem desafios aos RIs das empresas novatas, especialmente por conta de um mercado muito mais exigente.

A temporada de divulgação de resultados confirmou que as operações das companhias brasileiras vão indo de vento em popa. Segundo dados da Austin Rating, o lucro líquido das 50 maiores companhias abertas totalizou R$ 176 bilhões em 2010 contra R$ 135,6 bilhões em 2009, num crescimento de 29,8%. O patrimônio líquido (PL) foi de R$ 1,2 trilhão, valor 25,4% maior que o verificado em 2009, que foi de R$ 954,7 bilhões. A rentabilidade, medida pela razão entre o lucro líquido e o patrimônio líquido, foi de 14,7% em 2010 ante 14,2% no ano anterior. A pujança verificada nos balanços das companhias também é encontrada no mercado de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês). No primeiro trimestre deste ano, já ocorreram cinco aberturas de capital, além de seis ofertas que se encontram em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Se estas ofertas em análise realmente vierem a mercado, a safra de 2011 já igualará os 11 IPOs do ano passado. Para se ter uma ideia, os anos de 2009 e 2008 tiveram a chegada de apenas seis e quatro empresas novatas, respectivamente.