A evolução do mercado de capitais exigiu que investidores de longo prazo, que têm na Bolsa de Valores um dos principais instrumentos de aplicação de seus recursos, demandassem melhor tratamento que lhes era dispensado pelas companhias abertas.

Reformas empreendidas na legislação societária, a partir de 1976, coincidindo com a criação da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, vieram atender sugestões dos agentes de mercado, e assim aperfeiçoar seus mecanismos oferecendo maior proteção e transparência em benefícios dos acionistas minoritários. A crescente importância dos investidores institucionais nacionais em Bolsa, principalmente fundos de pensão, e a presença cada vez maior de investidores externos, justificaram novos procedimentos no seu relacionamento entre as sociedades negociadas em Bolsa e seus acionistas. Adotamos gradualmente práticas em vigor nos mercados mais desenvolvidos, como a de maior visibilidade, melhor qualidade da informação disponível, busca de equidade nas transferências de controle, maior presença nos Conselhos de Administração e em Conselhos Fiscais.