Os limites estratégico e legal devem ser os únicos impeditivos para que uma empresa não apresente informações relevantes e precisas aos seus públicos de relacionamento.

Não quero usar, neste espaço, o termo “material” para qualificar a informação relevante do ponto de vista dos stakeholders e da Empresa, pois creio que a discussão sobre o melhor termo a ser usado, neste caso, é o menor dos problemas. O termo “materialidade” é uma adaptação da lógica econômica em que material é somente aquilo que possui valor de grandeza nos balanços. Quando aplicada ao contexto da sustentabilidade, deve ser ampliada de forma que considere não só o impacto na linha do resultado mas a efetividade das ações da empresa na opinião dos seus públicos estratégicos. De fato, adotar a postura de transparência pode parecer inquietante diante do risco da exposição desnecessária em um ambiente globalizado, competitivo e que não se restringe aos meios tradicionais de comunicação. É nesse ponto que a oferta de informação se torna ainda mais importante, com a agilidade da internet e das redes sociais e a facilidade de acesso de mais pessoas ao conteúdo. Essas características nos inserem em um ambiente mais propenso a mudanças repentinas de opinião, o qual influencia um número maior de pessoas e impacta no valor das ações e na reputação das empresas.