A comunicação deve ser encarada como uma forma de adquirir consciência da percepção que se tem sobre uma realidade. Quando esta realidade é a realidade material a comunicação passa a ser entendida como instrumento do conhecimento. Pensando no quotidiano das instituições percebemos que certas ações conseguem cativar a mente dos investidores, da mesma forma que as campanhas publicitárias dirigidas a crianças exercem um papel importante na fidelização do cliente adulto.
A informação veiculada sem critério e sem observância a um processo formal de comunicação gera uma percepção equivocada da realidade e não pode ser entendida como conhecimento. Uma realidade subjetiva pode ser criada e disseminada, porém a comunicação só será enxergada como mais valia no momento em que traduzir a realidade material, justificável e mensurável; aquela que não foi forjada e onde não se percebe qualquer intenção subversiva de influenciar. Subversão da ordem no entendimento das coisas, forjando uma realidade que virá a ser adotada voluntariamente por aquele receptor que foi manipulado em seu julgamento.
Mais do que dar a conhecer, simplesmente, é imprescindível que seja dada transparência nos critérios e parâmetros que levaram à formulação do resultado que se pretende informar, de maneira que o investidor tenha acesso a todos os dados envolvidos, em pleno exercício do princípio da simetria de informações. Estamos falando de informações claras e objetivas de dados financeiros e não-financeiros, de expectativas da administração; enfim, uma comunicação constante e consistente, tanto em momentos bons para a companhia como, e principalmente, em períodos ruins.
O conhecimento liberta, embasa o pensamento crítico e é um importante pilar da liderança. As companhias precisam dele cercar-se para terem a sabedoria adequada na tomada de decisões; devem ser assertivas na capacidade de agregar recursos que possibilitem o atingimento de novas metas desafiadoras; e ainda não podem prescindir da iniciativa de dar o próximo passo. Só assim conseguirão tornar-se líderes, de forma sustentada e longeva
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