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Em janeiro começa a “safra” de relatórios de administração, que ocupa grande número de páginas dos principais jornais até abril, com informações sobre desempenho, balanço e outras demonstrações financeiras. Uma verba considerável, que representa um dos custos adicionais das sociedades anônimas, é utilizada para essas publicações, o que repercute positivamente na receita dos jornais, particularmente nos de maior circulação e naqueles voltados a economia e negócios.
Tratando-se de uma peça de informação importante e cara, aberta a todos os leitores do jornal, seria de se esperar que os textos e a diagramação fossem preparados de modo atraente e convidativo à leitura, o que nem sempre acontece. Boa parte dos relatórios é redigida ou diagramada de forma que dificulta a leitura e a compreensão, seja pela dimensão das letras e gráficos, seja pela qualidade dos textos. Nestes casos, parece haver uma despreocupação com a legibilidade e a atratividade, com foco principal no cumprimento do preceito legal, o que se nota desde o início com o uso da inútil abertura: ”Senhores Acionistas: Atendendo às exigências legais...”.
As primeiras perguntas quando se faz um texto é: quem vai ler? O que busca? Qual o nível de conhecimento que detém do assunto? A partir daí se define a linguagem e a forma a ser adotada, regra não seguida por muitos. Evidentemente, entre os leitores estarão os especialistas de bancos, corretoras, fundos e outras instituições ligadas ao mercado acionário, que podem ler no jornal, mas têm acesso de outras formas ao conteúdo. Outros leitores são fornecedores, clientes, parceiros, possíveis investidores, autoridades e funcionários do governo, dirigentes de organizações governamentais, além de interessados sem vinculação imediata, como estudantes e professores ligados ou não ao setor, entre outros.