O IBRI criou a Comissão ESG com o objetivo de desenvolver as melhores práticas relacionadas ao tema. “Queremos produzir conteúdo relevante e em formato adequado. Vamos disseminar o conhecimento para que os profissionais de Relações com Investidores sejam agentes de transformação nas suas empresas. Necessariamente, pela complexidade do tema, devemos considerar as demandas dos stakeholders que interagem com as organizações, notadamente do mercado de capitais”, declara Rafael Mingone, coordenador da Comissão ESG e RI da Gerdau. A nova Comissão do Instituto terá como subcoordenadora Natasha Utescher, Relações com Investidores da Duratex.
Segundo Rafael Mingone, o grupo é formado por profissionais com diferentes experiências e atuantes em diversos setores da economia. “Nossa perspectiva é dar suporte à missão primordial do Instituto de contribuir para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, por meio do aperfeiçoamento do profissional e da atividade de Relações com Investidores, especificamente nos assuntos relacionados à inserção dos parâmetros ESG (Environmental, Social and Governance ou, em português, Ambiental, Social e Governança) no processo decisório das organizações, bem como sua influência no mercado de capitais”, afirma.
Natasha Utescher ressalta “a temática ESG ganha espaço no debate mundial, as principais casas de investimentos estão deixando de ter como objetivo apenas a geração de valor financeiro para também agregar em seus portfólios empresas que gerem impacto positivo na sociedade. Este movimento tem impulsionado as companhias a revisitarem seus modelos de negócios e sua forma de se comunicar com o mercado. Nossa ideia é somar positivamente neste processo”.
A primeira iniciativa da Comissão ESG do IBRI foi o envio de carta à B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), no dia 24 de julho de 2020, com contribuições para a consulta pública sobre o “Questionário do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial)”, sugerindo aprimoramentos em relação ao conteúdo e forma do documento.
Dentre as sugestões enviadas à B3, o Instituto sugere uma revisão da estrutura do questionário, que considere o processo de accountability (prestação de contas) das áreas das empresas. “Esperamos que o questionário seja reduzido substancialmente, limitando-se a no máximo 150-200 questões (tomando como base o Dow Jones Sustainability Index)”, de acordo com trecho da carta.
O IBRI registra, também, no documento, entender que essa oportunidade de reavaliar o Índice de Sustentabilidade Empresarial deveria ser aproveitada para uma ponderação mais estratégica sobre o papel de índices no desenvolvimento de práticas e no aprimoramento de aspectos ESG das companhias.
Veja a íntegra da carta enviada pelo IBRI à B3:
www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/novidades/4193_Contribuicoes_IBRI_Questionario_ISE.pdf