Opinião

A reforma do sistema financeiro

Quando eclodiu a crise financeira, cujo ápice foi a quebra do Lehman Brothers em setembro de 2008, a sensação era que uma reforma do sistema financeiro mundial seria urgente para prevenir que situações como as que provocaram aquela grave situação voltassem a acontecer.

No calor da crise, parecia pouco provável que os reguladores e legisladores tivessem a cabeça fria para propor um novo arcabouço de medidas para o sistema. Mal comparando, é como se no meio de um incêndio, estivéssemos discutindo com engenheiros e arquitetos uma nova planta para um edifício em chamas. Era fundamental, em primeiro lugar, apagar o fogo e minimizar os prejuízos. Passados vários meses, a crise no sistema financeiro parece controlada e várias instituições, que foram socorridas pelas autoridades, mostram uma reação e em alguns casos já retornaram os empréstimos governamentais que lhes foram concedidos e operam com rentabilidade. No entanto, estamos ainda distantes de poder afirmar que as consequências e o custo da crise estejam superados.


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