A discussão sobre o custo de manter uma Sociedade Anônima é constante no Brasil. Frequentemente, as despesas necessárias para manter as companhias abertas são utilizadas para explicar o baixo número de empresas listadas na bolsa de valores brasileira. No entanto, um estudo liderado por William Eid Junior, professor do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas, mostra que o custo de manutenção das companhias abertas não é tão grande quanto se imagina.

Foram enviados formulários às empresas, questionando quais seriam os custos inerentes a uma companhia aberta, como gastos com auditoria externa, publicações, manutenção da área de Relações com Investidores (RI), anuidades diversas e outros.

Dentre as oito empresas participantes, verificou-se que a soma desses custos representou 0,19% da receita líquida dessas empresas, sendo que a área de RI representou a despesa mais relevante: 0,12%. A menor dessas empresas apresentou, em 2011, receita líquida de aproximadamente R$ 700 milhões e a maior, R$ 3,2 bilhões. Todas são empresas bastante conhecidas e com boa liquidez na Bovespa.