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A retração brusca da entrada de novas empresas na BM&FBovespa, registrada este ano, expôs o mercado de capitais a um processo oposto, o de saída de empresas da bolsa. No período, enquanto apenas três empresas realizaram IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações), nove realizaram OPA (operação de aquisições de ações) para fechar o capital, de acordo com dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Conforme números da BM&F Bovespa e da CVM, de 2008, início da crise internacional, até este ano o páreo entre entradas e saídas da bolsa está empatado: 35 para o IPO e 35 para a OPA de fechamento de capital.
A corrida para abertura de capital teve seu grande boom em 2007, quando foram realizadas 64 operações de IPOs, quase o dobro da soma dos anos seguintes, para apenas sete OPAs de saída da bolsa. Embora o quadro atual não seja vibrante também não representa nenhum desastre acontecendo no mercado. Para Cristiana Pereira, diretora de desenvolvimento de empresas da BM&F Bovespa "é evidente que a saída de empresas da bolsa fica realçada no momento de retração do mercado para aberturas de capital". Ela afirma, porém, que o processo faz parte da dinâmica do mercado, de mudanças no modelo de negócios das companhias e de incorporações, aquisições e fusões. Além disso, ressalta que diante do volume represado de ofertas e da solidez da economia brasileira, a tendência é de que este cenário se modifique no futuro próximo.
De acordo com especialistas e consultores, não há nenhum movimento orquestrado de fuga de empresas da bolsa e o aumento do número operações de fechamento de capital se deve principalmente a um processo de consolidação da economia. Bruce Mescher, sócio de Global IFRS and Offerings Services (GIOS) da empresa de consultoria Deloitte, diz que a atenção que se tem dado ao fechamento de capital se deve basicamente à queda no ritmo de aberturas. "Devido ao forte boom de aberturas é natural que algumas fechem. A expectativa é de uma retomada das operações de IPO."