Opinião

REFLEXÕES E PROVOCAÇÕES SOBRE O PERFIL DO AUDITOR INTERNO

Em menos de 20 anos o auditor interno, que em muitos ca¬sos era subordinado ao Controller, passou a se reportar ao comitê de auditoria, que é parte do conselho de administra¬ção. Até o início dos anos 90 as auditorias internas eram mais focadas na contabilidade, com atenção a verificações físicas, documentação, suporte e validação de saldos.

Esse foco era tão forte que o CFC exigia formação em contabilidade para o exercício da profissão. Existiam auditorias bem estrutura¬das e com profissionais bem treinados. Mas, como muitas empresas estavam orientadas a identificar erros e fraudes, a imagem era policialesca. Em outros casos a auditoria atuava em um nível muito operacional, longe da alta administração. A função não era bem entendida e em muitos casos não se pagava. Assim, quando a economia declinou, veio a “Reen¬genharia de Processos”, que “receitava” melhores produtos e serviços, em menor tempo e menor custo. Para reduzir gas¬tos, funções que não eram valorizadas, como O & M e audito¬ria interna, foram eliminadas ou drasticamente reduzidas.

Continua...