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Sustentabilidade |
A presença de mulheres nos conselhos e cargos de representatividade dentro das empresas ainda é um tema pouco discutido no Brasil. O assunto, que já gerou cotas para mulheres em cargos de liderança em outros países anos atrás, ainda engatinha por aqui. Dados de um estudo produzido pelo Grupo de Pesquisas de Direito e Gênero da Escola de Direito da FGV mostram que a proporção de mulheres nos altos escalões das companhias com presença no Brasil é de apenas 8%. E apesar do destaque alcançado por algumas executivas de grandes empresas, nos últimos 15 anos este percentual praticamente não mudou.
De acordo com a pesquisa, as principais razões que explicariam a fraca presença feminina nas diretorias das empresas são: o preconceito e a falta de estrutura institucional oferecida (creches, babás, maior licença paternidade) pela empresa, que, na maioria das vezes, não oferece à mulher a assistência necessária para que ela consiga tocar a vida profissional e pessoal simultaneamente.
Os especialistas afirmam que incluir as mulheres em papéis de liderança vai além de uma questão ética ou política. “O gênero feminino é mais analítico, sendo complementar ao masculino que é de natureza generalista. Portanto, o ideal é que as empresas tenham diversidade de gênero, para performar melhor com relação à sustentabilidade do negócio e perenidade da organização”, afirma Anna Maria Guimarães, diretora acadêmica do B.I. International, instituição que possui cursos de formação voltados exclusivamente para mulheres. Detalhes do estudo revelam ainda que, de 1997 a 2012, quase metade das companhias (48%) não apresentaram ao menos uma mulher em seu conselho de administração e 2/3 (66,5%) não tinham sequer uma mulher na diretoria executiva, apesar da maior escolaridade das mulheres.
Outro levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), com dados de 2011 e feito com empresas brasileiras listadas em bolsa mostra que 2,97% das empresas de capital aberto possuem mulheres nos cargos de diretor-presidente (CEO) e 7,7% das vagas nos conselhos de administração são ocupadas por mulheres. Segundo o estudo, 66,3% das companhias não possuem uma única mulher no conselho de administração.