AMEC | Opinião | Abertura de Capital | Divulgação | Educação Financeira |
Entrevista | Fórum Abrasca | Gestão | IBRI Notícias |
Melhores Práticas | Mercado de Capitais | Opinião | Perfil |
Sustentabilidade |
Um levantamento realizado pelo banco BNY Mellon revela que os departamentos de relações com investidores (RI) do Brasil são os maiores e estão entre os mais ativos do mundo. Segundo a 8ª Pesquisa Anual de Tendências Globais em Relações com Investidores, o número médio de membros de equipes de RI no Brasil é de 6,9 pessoas, quase o dobro da média global de 3,7. Já o orçamento anual é de US$ 1 milhão, ante a média internacional de US$ 600 mil. A pesquisa contou com 817 entrevistas com participantes de 59 países, incluindo 51 participantes no Brasil. Todos os dados são relativos a 2012.
Para Fabiane Goldstein, sócia-fundadora da consultoria Ricca RI, o momento para as equipes de relações com investidores brasileiras é bastante desafiador. “Os investidores estão mais exigentes e seletivos, demandando dos RIs uma qualidade de informação superior. Mais do mesmo já não é suficiente e as empresas que já perceberam isso estão se diferenciando”, avalia.
O lento desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro fez com que as empresas intensificassem suas políticas de comunicação. Elas participam do maior número de conferências realizadas por corretores e são as que mais marcam presença em encontros com analistas no mundo. A maioria das empresas brasileiras (76%) faz um encontro com investidores pelo menos uma vez por ano, muito acima da média global de 54%.
"As companhias tentam superar o desafio de não ter capital suficiente no Brasil para financiar a expansão de seus negócios, pois a demanda cresce mais rapidamente que a oferta. Os investidores não estão tão animados quanto antes e, portanto, é preciso cultivar esse relacionamento", diz Nuno da Silva, diretor de ADRs para a América Latina do BNY Mellon.