Opinião

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE RI EM CORPORATIONS

O surgimento de companhias sem controlador definido ou grupo de acionistas controladores (também conhecidas como corporations) no mercado de capitais brasileiro suscitou ampla discussão sobre os futuros desafios no exercício da profissão de relações com investidores.

Apesar do número de empresas com grande dispersão acionária ainda ser pequeno quando comparado a outros mercados mais desenvolvidos, esse processo faz parte da evolução natural e deve ganhar fôlego se acompanhado, entre outras questões, pelo aumento da demanda por recursos para grandes investimentos e pela adoção de práticas de governança que possibilitem o monitoramento da administração e a proteção dos investidores frente a mudanças repentinas na gestão, sobretudo, provocadas por aquisições hostis de controle.

Nesse contexto, o profissional de Relações com Investidores precisa estar preparado para lidar com uma dinâmica de trabalho mais intensa já que a aproximação com maior número de investidores demandará mais tempo e será crítica para a aprovação nas assembleias de matérias relevantes à condução dos negócios. Sem dúvida, a atuação desse profissional deverá ser mais proativa, principalmente no que se refere ao esclarecimento de questões relacionadas ao plano de negócios assumido pela companhia, seus processos efetivos de controle e suas políticas de governança.


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