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QUEM É O PROFISSIONAL QUE PODE FAZER A DIFERENÇA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA?

Não aconteceu de repente. Foi um processo e segue acontecendo. Assim podemos resumir a importância que profissional de governança corporativa – aquele que é o elo de um sistema de governança vem ganhando a cada dia. A função vai muito além da organização das atas de reunião. Estamos falando aqui de um profissional polivalente, que reúne conhecimento do negócio e, também, de governança, legislação e regulação. Que interage com públicos diversos, inclusive no mais alto nível da organização. É pura estratégia. E é este o profissional que pode fazer a diferença na governança que praticamos no dia a dia.

Se por um lado não se pode deixar de reconhecer a contribuição que esses profissionais aportam à governança das organizações, por outro, ainda é preciso valorizar e ampliar ainda mais a sua atuação. Assim, lançar luz sobre a atividade é fundamental.

Por isso, lançamos a pergunta: quem é este profissional que atua como elo do sistema de governança e coloca as organizações no rumo das boas práticas?

A pesquisa “Secretaria de Governança e a atuação do Governance Officer” recém-lançada pelo IBGC e pela Cambridge Family Enterprise Group, traz respostas importantes. Estes dados, resultado da participação de mais de 300 profissionais que trabalham ou são responsáveis pela área de governança da organização em que atuam, nos ajudarão a refletir:

  • 60% atuam sozinhos nessa função;
  • Aproximadamente 60% atuam na área de governança por cinco anos ou menos
  • E apenas 18% têm mais de 10 de experiência.

Ao mesmo tempo, quando se trata de assessorar o conselho de administração, as principais atribuições exigidas do profissional de governança são: ser o ponto focal na temática de governança corporativa na organização (para 66% dos respondentes); ser o ponto de contato entre o conselho de administração e as outras áreas da organização (62%) e ser o elo entre o conselho de administração e a diretoria (59%). Três a cada quatro profissionais também relatam dar suporte aos comitês de assessoramento e a grande maioria faz o mesmo também em relação à diretoria e ao CEO.

No quesito competências comportamentais a régua é igualmente alta. A maioria dos profissionais de governança aponta que conduta ética, visão estratégica, sigilo e comunicação clara e assertiva são os itens mais exigidos, seguidos de maturidade emocional, mediação de conflitos, capacidade analítica, imparcialidade, resiliência, objetividade e liderança.

A lista de habilidades exigidas é ainda maior, assim como também é vasto o rol de atividades– de estratégia, de gestão, de mediação e de suporte – que fazem parte do dia a dia do Governance Officer, o secretário de governança e demais responsáveis pelas áreas de governança das organizações.

Tamanhas exigências refletem o cenário em que estamos inseridos. Nos últimos anos, sem diminuir a importância de sócios e administradores, a governança ampliou seu foco para as demais partes interessadas, demandando dos agentes de governança corporativa um cuidado maior ainda no processo de tomada de decisão. Os diversos stakeholders também estão cada vez mais atentos à intrínseca ligação entre a governança e a identidade organizacional – combinação entre a razão de ser da empresa, aonde quer chegar, o que é importante para ela e como as decisões são tomadas.

É aqui que o profissional de governança pode fazer a diferença. Pense nisso!

Adriane de Almeida e Luiz Martha
são, respectivamente, diretora de Desenvolvimento e gerente de Pesquisa e Conteúdo do IBGC.
comunicacao@ibgc.org.br

 
 
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