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25º CONGRESSO IBGC: INÉRCIA NÃO É MAIS UMA OPÇÃO!

O Congresso do IBGC é um marco anual sobre o momento da Governança Corporativa no Brasil. Particularmente para a edição deste ano, a 25ª, que ocorrerá em 8 e 9 de outubro com o tema “Cultura da Governança e os desafios do Brasil”, foram desenvolvidas quatro trilhas: “ética e governança”, “sustentabilidade”, “inovação” e “Brasil estratégico”, que permeia todas elas. O objetivo é oferecer o panorama mais completo possível sobre temas e subtemas relevantes, dentro destas trilhas, que chegariam às atas e agendas de conselhos de administração e consultivos e, por que não, de executivos e famílias empresárias.

O congresso contará com a presença de dois palestrantes internacionais: Evan Epstein e Ian Beacraft. Epstein é diretor executivo e professor adjunto da UC Law San Francisco e fundador da Pacifica Global, mostrará uma visão bastante emblemática, sobre governança moderna, mas, ao mesmo tempo, fundamentalista em termos de princípios, algo que precisamos no Brasil. Afinal, a nossa governança é de um país em amadurecimento e aprendemos todo dia.

Já a proposta de Ian Beacraft, CEO da Signal and Cipher, é apresentar uma abordagem absolutamente transformadora sobre o impacto da tecnologia no mundo dos negócios. Ele trará provocações na linha de repensarmos o que estamos fazendo, nos organizando e definindo as agendas estratégicas das organizações para se preparar para essa revolução digital. É um convite para o início de um novo ciclo.

Este será o fio condutor do todo o Congresso. Os painéis não foram desenhados para ficarem fechados dentro de suas temáticas. Teremos debates bastante profundos, como no caso da segurança cibernética e, ao mesmo tempo, traremos de temas em que o Brasil dá um passo para a frente e outro para trás – ou, às vezes, dois para frente e um para trás – como a parte de diversidade e inclusão.

Um debate sobre sustentabilidade no Brasil
Ao mesmo tempo, teremos uma discussão bastante rica sobre sustentabilidade. Essas discussões acabam ocorrendo, até de maneira trágica, entre três desastres ecológicos - as enchentes no Rio Grande do Sul, as queimadas no Pantanal e a seca na Amazônia – e a reunião da Cop 30, que ocorrerá no ano que vem no Brasil, em Belém (Pará). Temos uma matriz energética muito limpa, mas podemos e devemos fazer muito mais em defesa dos biomas brasileiros. Esperemos que essas discussões durante o congresso tragam insumos importantes para a Cop 30.

Outro debate importante, com a presença de Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria, discutirá o tema de mapeamento de riscos geopolíticos. É uma discussão essencial, pois o Brasil precisa entender o seu papel no mundo. Afinal, trata-se de um país que está entre as 10 maiores economias do mundo e há assuntos em que não deve se esquivar, particularmente no quesito sustentabilidade. Estaremos de olho também na atuação do B20, a força empresarial do G-20 e que terá participação do Brasil.

Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e atualmente diretor de Estratégia Econômica do Safra, também abordará um tema crucial neste momento: “A nova fronteira da sustentabilidade”. A medição será de Sergio Marone, fundador da marca Tukano, uma startup que prática o consumo consciente e a sustentabilidade.

Representatividade geográfica
Jaime Gornsztejn, diretor de Governança Corporativa e Administração de Investimentos da EOS Federated Hermes Limited, oferecerá um panorama mercado internacional no painel Stewardship: o papel e a importância dos investidores no aprimoramento da governança.

Procuramos fazer um Congresso que representasse os valores emergentes da sociedade brasileira. Teremos a presença da conselheira Jandaraci Araujo, da Future Carbon, Instituto Inhotin, WCD Brasil e Conselheira101. Adriana Barbosa, CEO da Preta Hub, também é presença confirmada.

Umas das prioridades no congresso foi a representatividade geográfica dos palestrantes, ampliando as discussões para fora do eixo Rio-São Paulo. Um exemplo é o painel “Amazônia como um horizonte socioambiental para a economia brasileira”, que terá como tema região de fundamental importância para o Brasil e o mundo. O pujante agro brasileiro também ganhará destaque no congresso. “Governança e sustentabilidade para alavancar o agronegócio: atual estágio e impacto no crescimento do país”, será tema de um dos painéis.

“Como posicionar e potencializar a Marca Brasil além das fronteiras do país? é o tema do painel que tratará deste grande desafio para as empresas brasileiras. Os nomes escolhidos para debater são emblemáticos: Claudia Sender, conselheira das gigantes Embraer e Gerdau, entre outras companhias, e Liel Miranda, CEO da Alpargatas, fabricante da Havaianas, produto brasileiro famoso mundialmente.

Enfim, o grande legado que o congresso pode deixar é aumentar o engajamento de conselheiros e gestores, envolvidos em estratégias de governança, com temas extremamente relevantes para o bom funcionamento da empresa no século 21. Tempos de emergência climática, evolução exponencial de tecnologia e de definições críticas da geopolítica mundial.

É o momento em que todos nós, envolvidos de uma forma ou outra com a empresa, sairemos mais energizados a enfrentar os desafios e a somar experiências e conhecimentos para reforçar que a inércia não é mais uma opção. 

Ricardo Oberlander
é líder do grupo curador do 25º Congresso IBGC.
comunicacao@ibgc.org.br


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