A política expansionista no Brasil vive um momento único. Segundo dados recentes do BNDES, o país deve investir aproximadamente R$ 1,8 trilhão em diversos setores, com destaque para indústria, que deverá receber grande parte desses investimentos e arcar com a missão de impulsionar a economia nacional.

 

Os valores são relevantes e estimulados pelo desenvolvimento tecnológico, infraestrutura e aumento da procura de multinacionais para investimento no Brasil. Mas na carona deste cenário e dos vultosos valores envolvidos, está um mal que nos acompanha há anos e emperra o crescimento das empresas: a corrupção e o suborno.

 

De acordo com o relatório anual Índice de Percepção de Corrupção, emitido pela organização não governamental Transparência Internacional e baseado na opinião de especialistas com dados de 176 países, o Brasil ainda está próximo da zona vermelha. Essa posição abrange países altamente corruptíveis. Não chegamos ainda ao patamar de países emergentes como China, Índia e Rússia, mas já devemos ligar o sinal amarelo. Em comparação ao estudo anterior, o Brasil subiu quatro posições em 2012, ocupando a 69ª colocação – ainda longe do ideal se levarmos em conta a necessidade de aprimorar a prestação de serviços como saúde, saneamento, habitação, infraestrutura e logística, além da importância de produção de bens e serviços para suprir a demanda por consumo da população.