Reclamar é fácil! Muitas vezes vemos investidores reclamando seus direitos publicamente, perante a CVM ou em relação às companhias. Mas para que essas reclamações tenham credibilidade, uma pergunta deve ser colocada antes. Além de reclamar seus direitos, os investidores vêm cumprindo suas obrigações?
Essa pergunta foi tema do debate ocorrido na 13ª Mesa Redonda Latino Americana de Governança Corporativa, que ocorreu em Quito, no mês de junho último. Representantes de todo o continente compartilharam a realidade de suas jurisdições, em torno de um documento intitulado “Reforçando a Governança: o papel dos investidores institucionais” (disponível no site: www.amecbrasil.org.br). O documento propõe 11 recomendações de suma importância para diagnosticar se os investidores institucionais vêm exercendo seu papel e identificar pontos de melhoria.
O tom geral é a necessidade de um contínuo envolvimento dos investidores institucionais nos processos de governança das companhias investidas. No Brasil, vemos esse processo caminhar liderado normalmente por gestores de recursos independentes de cunho ativista. Fundos de pensão também tornaram-se presença mais constante nas assembleias de nossas empresas, sobretudo desde que a antiga SPC (atual Previc) determinou a obrigatoriedade de exercício do direito de voto dessas instituições.