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Cena 1: 1 Blue Horseshoe loves Blue Star Airlines. Cena 2: Bud Fox (Charlie Sheen) algemado é levado por policiais pela sala de operações da corretora Jackson Steinem. As cenas descritas são do filme Wall Street (1987). Seu impacto emocional é inegável. O “bom bandido” sai do escritório às lágrimas, provavelmente imaginando seus sonhos e sua carreira se despedaçando como consequência de seus atos ilegais. Colegas dividem-se entre a consternação e a percepção de que, de fato, o crime não compensa.
Reportagem recente da revista The Economist cita inúmeros estudos mostrando quais os principais fatores que levam a uma redução da criminalidade: a relação entre as vantagens que o crime traz e os seus riscos (ou seja, uma análise de custo/benefício), e a probabilidade de ser pego. Estes estudos propiciam uma reflexão sobre uma das mais graves ameaças à credibilidade do mercado de capitais: a prática de insider trading.
Crime no Brasil desde 2001, o insider trading é definido como o uso de informações relevantes ainda não divulgadas ao mercado, capaz de gerar vantagem indevida mediante negociação de títulos e valores mobiliários. A pena é de 1 a 5 anos de reclusão.
A percepção dos participantes do mercado sobre o insider trading é que ele se constitui num problema presente, mas que nunca foi de fato alçado ao status de prioridade. Bem ou mal, todos sabem que existem alguns players que se beneficiam de informações e acabam ganhando dinheiro com isso. Mas, talvez pelo sentimento de não haver nada que um participante isoladamente possa fazer (falso, como veremos), pela dificuldade de identificação do problema, ou até mesmo para evitar tocar num assunto espinhoso, não vemos tanta mobilização a esse respeito quanto em relação a outras mazelas do nosso mercado.