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O ano de 2013 encerra 3/4 do mandato da presidente da República Dilma Rousseff , eleita em 2010. Em dois artigos publicados nesta Revista RI, respectivamente no início de 2012 e 2013, emitimos uma opinião acerca da governança sob o governo Dilma, procurando uma visão equilibrada e tentando responder à pergunta: o governo, afinal, lidou bem com os desafios de governar?
Naturalmente, como fizemos nos artigos anteriores, recorremos à mídia impressa e à internet para procurar argumentos a favor e contra a governança do Poder Executivo, priorizados em detrimento de outros aspectos também percebidos em nossa despretensiosa pesquisa.
Como pontos positivos, ressaltamos:
• Na esteira das manifestações de 2013, ocorridas a partir de junho, inclusive durante a Copa das Confederações, Dilma Rousseff, cuja popularidade sofreu queda brutal em poucos dias, recuperou-se substancialmente e, mesmo sem plena recuperação, permanece com possibilidades significativas de um segundo mandato. Os pleitos das manifestações, resumidos em exigências de melhorias nos serviços públicos, contaram com a simpatia de grande parte da população. Tendo demorado alguns dias a se manifestar (o que pode ter parecido ausência de liderança), e tendo feito alguns movimentos políticos após esse momento, mesmo com dificuldades em relação à sua base aliada, a presidente do Brasil terminou o ano de 2013 com elevação significativa de sua popularidade e isso é fato.
• Alguns eventos criados pelo governo tiveram impactos positivos junto à população, ainda que com críticas. Um primeiro exemplo é o do sucesso de alguns leilões ocorridos em 2013 (nem todos), com destaque para o leilão do pre-sal, que teve a participação de empresas europeias e chinesas. Um segundo exemplo corresponde ao programa Mais Médicos o qual, críticas especializadas à parte, alcança parcelas da população de baixa renda, alijadas, na prática, do direito à saúde, em função de sua distância física em relação a centros populacionais maiores e com mais recursos de saúde. Por essa razão, o referido programa ganhou aprovação popular e vale lembrar que as críticas à saúde foram um dos principais motes das manifestações supracitadas.
• Em terceiro lugar, enfatiza-se, como fizemos em artigo anterior, a distância, segundo a visão de grande parte do eleitorado, entre a figura da presidente e todo o contexto da ação penal 470, conhecida como mensalão. O julgamento da referida ação e a prisão de alguns envolvidos, inclusive do Partido político da presidente, em 2013, não dá sinais de que interferirá significativamente em decisões do eleitorado.
Com respeito às críticas ou pontos negativos de governança no final do terceiro ano do governo Dilma Rousseff, selecionamos, de acordo com a nossa modesta pesquisa: