O XX Seminário Internacional FACPCS (Fundação de Apoio aos Comitês de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade) ocorreu nos dias 04 e 05 de outubro de 2023. O objetivo do encontro foi proporcionar uma visão prática do atual estágio de adoção das normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS - International Financial Reporting Standards) e dos relatórios de sustentabilidade (ISSB - International Sustainability Standards Board) no Brasil, das mudanças mais relevantes que estão em andamento e a serem realizadas, além de seus possíveis reflexos.
O encontro foi aberto, em 04 de outubro de 2023, por Haroldo Reginaldo Levy Neto, Coordenador Geral do XX Seminário Internacional FACPCS (Fundação de Apoio aos Comitês de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade).
Ana Tércia Lopes Rodrigues, Vice-Coordenadora de Operações do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e Vice-Presidente Técnica do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), destacou a importância de manter as normas de contabilidade do Brasil atualizadas e alinhadas com os padrões internacionais.
“Antigamente, a formação do contador era muito calcada na parte técnica, e não poderia ser diferente. Hoje, nós percebemos a importância do momento que nós estamos vivenciando no contexto do ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance; em português, ASG – Ambiental, Social e Governança). Há 10 anos, nós só imaginávamos sustentabilidade no aspecto ambiental. E hoje nós sabemos que a sustentabilidade precisa absorver, além do contexto Ambiental, a questão de Governança e Social. Além disso, precisamos trazer a Ética como um componente que deve estar presente no dia a dia do profissional contábil e das entidades que normatizam e interagem no ambiente regulatório. As atividades contábeis devem focar no atendimento ao usuário externo”, frisou Ana Tércia Rodrigues.
Valdir Coscodai, Presidente do Conselho Curador da FACPCS e do IBRACON (Instituto de Auditoria Independente do Brasil), enfatizou a importância do evento “para debate, atualização e posicionamento do Brasil no contexto das normas globais de contabilidade ao reunir especialistas de reconhecido conhecimento na área”. “E proporcionar um panorama realista e prático do progresso de adoção no Brasil das normas internacionais de contabilidade e de sustentabilidade nos relatórios corporativos”, afirmou.
Homenagens
Haroldo Levy Neto conduziu homenagem do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e da FACPCS a profissionais que participaram ativamente do processo de implantação das normas contábeis internacionais no Brasil. Foi homenageado Edgard Bruno Cornacchione Jr. por sua participação como Membro do Conselho Curador da FACPCS, representando a FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), atuando no processo brasileiro de implementação das normas internacionais de contabilidade. Edgard Cornacchione é membro do Conselho da FIPECAFI há mais de 10 anos e foi Presidente Executivo de maio de 2021 a abril de 2023, período em que atuou na FACPCS. Cornacchione é membro e patrono da ABRACICON (Academia Brasileira de Ciências Contábeis) e Membro da APC (Academia Paulista de Contabilidade). Professor da USP (Universidade de São Paulo) há mais de 30 anos, assumindo a Controladoria Geral em junho de 2022. Levy Neto agradeceu Cornacchione “por sua atuação em prol da contabilidade”.
Haroldo Levy lembrou, também, de Ernesto Rubens Gelbcke como “um companheiro que atuou desde o início e por vários anos no CPC e que, infelizmente, perdemos no final do ano de 2022”. Gelbcke foi Vice-Coordenador Técnico do CPC, “além de outras tantas atividades ligadas à contabilidade e, recebeu das mãos de Alfried Plöger, que também já se foi, merecida homenagem pelos serviços prestados ao CPC e à contabilidade brasileira no nosso seminário de 2016. Fica a saudade e o legado”, declarou Haroldo Levy.
A homenagem foi acompanhada na plataforma digital pelos filhos de Ernesto Rubens Gelbcke: Fernando Gelbcke, Marina Gelbcke e Mauricio Gelbcke.
Primeiro Painel
O 1º Painel teve como tema “OCPC sobre Créditos de Descarbonização”. Danielle de Freitas Torres, Vice-Coordenadora Técnica do CBPS (Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade) e Membro do Comitê Permanente de Sustentabilidade do GLENIF/GLASS (Grupo Latinoamericano de Emisores de Normas de Información Financiera / Group of Latin-american Accounting Standard Setters), atuou como moderadora do primeiro painel e realizou a apresentação dos palestrantes: Eduardo Flores, Coordenador Técnico do CBPS e Membro Convidado do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis); e o debatedor Paulo Roberto Gonçalves Ferreira, Superintendente de Normas Contábeis e de Auditoria da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Cristina Fróes de Borja Reis, Subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, não conseguiu comparecer como palestrante devido à necessidade de acompanhamento da votação do Projeto de Lei do Mercado Regulado de Carbono, que ocorreu, na data do evento (em 04 de outubro de 2023), e foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente do Senado.
Danielle Torres destacou que ganha relevância a Orientação Técnica OCPC10 de descarbonização dada a “crescente atenção dos órgãos de governança das organizações” por temas Ambientais, Sociais e de Governança. “A orientação tem como objetivo estabelecer requisitos básicos para reconhecimento, mensuração e evidenciação de créditos de descarbonização”, declarou.
Eduardo Flores em sua palestra sobre “OCPC 10 Créditos de Descarbonização” enfatizou a importância dos relatórios de sustentabilidade estarem em sintonia com as demonstrações financeiras.
Flores observou que “o crédito de descarbonização representa um ativo quando ele decorre de uma certificação de remoção ou redução de emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa) originados por recursos econômicos controlados por uma entidade e se torna passível de reconhecimento no patrimônio da entidade quando atendidos os critérios para reconhecimento presentes nos Pronunciamentos Técnicos específicos”.
“Os compromissos assumidos por uma entidade em relação a aspectos climáticos, incluindo o posicionamento voluntário em relação a emissões de gases de efeito estufa (como comprometer-se em ser ‘carbono neutro’ ou em compensar suas emissões) deve ser avaliado pela entidade de forma que se conclua se tais compromissos voluntários podem levar – ou não – ao reconhecimento de um passivo na forma de uma provisão em sua posição patrimonial conforme os critérios estabelecidos nos Pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis sejam cumpridos”, afirmou Eduardo Flores.
Paulo Roberto Gonçalves Ferreira, Superintendente de Normas Contábeis e de Auditoria da CVM, destacou em sua palestra que “a contabilidade não é indutora, é reativa”. “A contabilidade não induz a eventos econômicos, mas sim reconhece, realiza a mensuração e divulga”, observou.
Durante o debate sobre a OCPC10 (Orientação Técnica sobre descarbonização), Paulo Roberto Ferreira observou que “quando se fala de passivo ambiental, o primeiro item a se avaliar é o fato gerador e quando ele acontece é importante separar o que é o passivo ambiental da aquisição do ativo (por exemplo, crédito de carbono) que tem como objetivo, liquidar aquele passivo ambiental”.
Segundo Painel
O 2º Painel teve como tema as Atividades do CBPS (Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade). Haroldo Levy Neto abriu o segundo painel e convidou para os debates as palestrantes Vania Borgerth, Vice-Coordenadora de Relações Internacionais do CBPS e Coordenadora do CBARI (Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado); Onara Oliveira de Lima, Vice-Coordenadora de Operações do CBPS e Superintendente de Sustentabilidade ESG da CCR; e o moderador Zulmir Breda, Coordenador de Operações do CBPS.
Vania Borgerth observou que a criação do CBPS resultou da iniciativa da FACPCS, formalizada mediante Resolução nº 1.670, de 09 de junho de 2022, do Conselho Federal de Contabilidade. Em sua palestra, Vania Borgerth enfatizou o papel do CBPS no estudo, preparo e emissão de documentos técnicos sobre padrões de divulgação sobre sustentabilidade, para permitir a emissão de normas pelas entidades reguladoras brasileiras, “levando sempre em conta a adoção dos padrões internacionais editados pelo ISSB (International Sustainability Standard Board)”.
"A sustentabilidade e a contabilidade estão de mãos dadas” com o lançamento dos padrões IFRS S1 (requisitos gerais para divulgação de dados financeiros relacionados à sustentabilidade) e IFRS S2 (divulgações relacionadas ao clima, ou seja, informações do ponto de vista ambiental), afirmou Onara Oliveira de Lima em sua palestra com o tema "Demandas Corporativas Framework". “O tema da sustentabilidade já é discutido no Conselho de Administração das companhias. Há um longo caminho a percorrer no desafio dos trabalhos em conjunto das equipes de contabilidade e de produção dos relatórios de sustentabilidade”, observou Onara Oliveira de Lima.
No encerramento das palestras do primeiro dia do evento, Reinaldo Oliari, Membro do Grupo de Trabalho Sustentabilidade do IBRACON (Instituto de Auditoria Independente do Brasil), discorreu sobre a Taxonomia das normas SASB (em inglês, Sustainability Accounting Standards Board, em português, Conselho de Padrões Contábeis de Sustentabilidade) e o pragmatismo dos KPIs. A sigla KPI decorre do termo em inglês Key Performance Indicator, ou seja, em português, indicador-chave de performance.
Oliari observou que os padrões SASB “identificam os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade com maior probabilidade de afetar os fluxos de caixa de uma entidade, o acesso ao financiamento e o custo de capital no curto, médio ou longo prazos e os tópicos e métricas de divulgação que têm o foco de serem úteis aos investidores”. Oliari citou também pesquisa desenvolvida pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e Deloitte em 2023 com o tema "Evolução da agenda ESG: o impacto desta transformação na atividade dos RIs". A pesquisa registra a expectativa de que em até dois anos, a divulgação dos indicadores de ações ambientais será tão relevante quanto a de governança. Ainda, dentre outros desafios, a padronização da taxonomia dos indicadores ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance; em português, ASG – Ambiental, Social e Governança) pode colaborar com o processo de comparação das informações divulgadas ao mercado.
Haroldo Levy encerrou o evento do primeiro dia, destacando a importância de refletir sobre os temas debatidos e o trabalho desenvolvido pela FACPCS (Fundação de Apoio aos Comitês de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade). Levy realizou a abertura do segundo dia do evento, em 05 de outubro de 2023.
Wander Pinto, Conselheiro do CRCSP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo), enfatizou a importância do evento para atualização sobre as normas internacionais de contabilidade e de relatórios de sustentabilidade, em “um momento que o mundo está cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas e suas consequências”.
José Luiz Ribeiro de Carvalho, Presidente do GLENIF/GLASS (Grupo Latinoamericano de Emisores de Normas de Información Financiera / Group of Latin-american Accounting Standard Setters), afirmou o propósito do GLENIF/GLASS de colaborar na divulgação e treinamento das normas emitidas pelo IASB e ISSB na América Latina, interagindo com outras organizações latino-americanas em questões relacionadas à regulamentação contábil, além de cooperar com governos, reguladores e outras organizações nacionais, regionais e internacionais para melhorar a qualidade das informações contidas nas demonstrações financeiras. José Luiz Ribeiro de Carvalho ressaltou, também, a importância da recente criação da Comissão Permanente de Sustentabilidade do GLENIF/GLASS.
Terceiro Painel
O 3º Painel destacou as Atividades do ISSB (International Sustainability Standards Board). Leandro Ardito, Coordenador de Relações Internacionais do CBPS (Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade) e Coordenador da CNNT (Comissão Nacional de Normas Técnicas) do IBRACON (Instituto de Auditoria Independente do Brasil), realizou a abertura do painel, observando que é uma oportunidade para discutir os processos e o trabalho que está sendo desenvolvido pelo ISSB.
Elizabeth Seeger, Board Member do ISSB e Chair of the ISSB’s Americas Board Advisory Group, discorreu sobre as normas IFRS S1 (requerimentos gerais para transparência sobre assuntos de sustentabilidade relacionados a informações financeiras) e IFRS S2 (com foco em divulgações relacionadas a questões climáticas). “O objetivo é termos padrões que sejam úteis para a tomada de decisões dos investidores”, frisou Elizabeth Seeger.
Arturo Rodríguez, Manager of Ibero-American Relationships da IFRS (International Financial Reporting Standards) Foundation, observou que padrões contábeis internacionais foram incluídos no IFRS S2 de sustentabilidade para conectar negócios e investidores, envolvendo métricas setoriais e impactos ecológicos, relacionando riscos e oportunidades.
Sandro Damásio, Gerente Executivo de Sustentabilidade da Eletrobras, apresentou a utilização das normas de contabilidade internacional e de sustentabilidade nos relatórios da companhia. Damásio observou que “a Eletrobras é líder global em criação de valor com infraestrutura e soluções renováveis e de baixas emissões”.
“No ecossistema ESG há reportes complexos e trabalhosos, sendo difícil ainda escolher entre uma infinidade de padrões diferentes. Os serviços de rating também crescem rapidamente, adotando várias metodologias”, disse. “Analisamos as melhores práticas e tendências de mercado e avaliamos o que é material, objetivando aprimorar os processos, práticas e fortalecer o negócio”, acrescentou. "Definimos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como prioritários no plano estratégico 2020-2035, intensificando a conexão da estratégia empresarial com prioridades globais e contribuindo para o fortalecimento das relações com as partes interessadas, a valorização da sustentabilidade corporativa e a identificação de riscos e oportunidades, entre outros benefícios", declarou. “Os padrões IFRS S1 e S2 serão muito importantes para as empresas aprimorarem seus relatos”, concluiu Sandro Damásio.
Edilson Paulo, Coordenador do GT (Grupo de Trabalho) Energia Elétrica do CBPS (Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade), Membro Convidado do CBPS e Diretor-Presidente da ANPCONT (Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis), observou que no caso do GT do setor elétrico é composto por agência reguladora do setor (ANEEL); associações de classe (ABRACONEE), principais companhias do setor, empresas de auditoria e analistas financeiros. “Busca-se o equilíbrio entre profissionais voltados para a elaboração de demonstrações financeiras e de relatórios de sustentabilidade, e usuários”, afirmou. “O Grupo realiza reuniões mensais com discussão por tópicos e métricas e com possibilidade de convidar especialista do tema”, declarou.
Quarto Painel
O 4º Painel teve como tema “IASB – Visão Geral dos Projetos em Andamento com Ênfase em Provisões e Impacto das Mudanças Climáticas nas Demonstrações Financeiras”. Rogério Mota, Coordenador de Relações Internacionais do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e Diretor Técnico do IBRACON (Instituto de Auditoria Independente do Brasil), moderou o painel.
Tadeu Cendón, Board Member do IASB (International Accounting Standards Board), realizou apresentação dos planos de trabalho com 21 projetos em andamento.
Andreas Barckow, Chairman do IASB (International Accounting Standards Board), discorreu sobre provisões e projetos para relatos de incertezas financeiras e riscos climáticos.
Linda Mezon-Hutter, Vice-Chair do IASB (International Accounting Standards Board), destacou a importância de informações conectadas, ou seja, haver “conectividade” entre os relatórios financeiros e os de sustentabilidade. O objetivo é termos “melhores informações para a tomada de decisões”, frisou Linda Mezon-Hutter.
Encerramento
João Pedro Nascimento, Presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), declarou que "as finanças sustentáveis trazem muitas oportunidades. A economia verde trará muitos negócios para o Brasil. O lançamento do Plano de Ação de Finanças Sustentáveis para o biênio 2023-2024 vem para reforçar o compromisso da CVM com essa pauta, que já tem se manifestado em outros normativos da Autarquia, como, por exemplo, a Resolução CVM 175, que entrou em vigor em 02 de outubro de 2023".
“Tenho enfatizado que o futuro é verde e digital. Temas como controle de mudanças climáticas, preservação ambiental e agenda sustentável são transversais ao Mercado de Capitais”, afirmou.
“A CVM está buscando publicação de diretrizes, padrões e regulações, por agentes nacionais e internacionais com o objetivo de auxiliar no processo de harmonização e orientações para elaboração de relatórios de sustentabilidade corporativa”, disse o Presidente da autarquia.
A CVM publicou a Resolução 193, em 20 de outubro de 2023, que dispõe sobre a elaboração e divulgação do relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, com base no padrão internacional emitido pelo ISSB (International Sustainability Standards Board). A Resolução 193 tem como objetivo adotar indicadores claros e comparáveis em práticas sustentáveis de empresas que acessam o mercado de capitais. Companhias Abertas, Fundos de Investimento e Companhias Securitizadoras terão a opção de elaborar e divulgar, já a partir de 2024, relatórios anuais de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. A divulgação deverá ser obrigatória para as Companhias Abertas a partir de 2026.
Comunicado da CVM registra que a decisão acontece no âmbito do Plano de Transformação Ecológica e vai ajudar investidores globais a reconhecer oportunidades e riscos, diminuir custos de informação e otimizar a alocação e movimentação de capitais. Trata-se, portanto, de uma ferramenta que permitirá decisões mais alinhadas com valores sustentáveis e responsáveis, dando transparência e comparabilidade às ações das empresas.
O documento seguirá duas normas (IFRS S1 e S2) padronizadas pelo International Sustainability Standards Board. Os padrões visam a proporcionar informações sobre riscos e oportunidades ligados à sustentabilidade (S1) e clima (S2), úteis para stakeholders na tomada de decisões. As principais divulgações requisitadas englobam tópicos como: governança, estratégia, gestão de riscos, métricas e metas relativas à sustentabilidade. Com isso, estimula-se a alocação de recursos em projetos sustentáveis e ficam claros os riscos para quem cogita investir em projetos com maior impacto ambiental.
Além de se antecipar a futuras regulamentações, a medida da CVM serve como um incentivo para que empresas adotem, proativamente, práticas mais sustentáveis. A demanda por práticas transparentes e comprometidas com a sustentabilidade é uma tendência que tem ganhado força em mercados financeiros ao redor do mundo. Investidores internacionais buscam, cada vez mais, empresas que não somente entreguem resultados financeiros, mas também demonstrem compromisso com práticas ambientalmente corretas e responsabilidade social.
Com a nova resolução, o Brasil se torna o primeiro país a internalizar essas normas no mundo tornando o mercado nacional mais atraente para investidores de fora. Em um mundo onde as preocupações ecológicas estão cada vez mais em destaque, iniciativas como essa, que fazem parte do Plano de Transformação Ecológica, “reafirmam o compromisso do Brasil em direcionar sua economia para um futuro mais verde e responsável”, conforme afirmou João Pedro Nascimento, Presidente da CVM, no XX Seminário Internacional FACPCS.
Edison Arisa, Presidente da FACPCS (Fundação de Apoio aos Comitês de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade) e Coordenador Técnico do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), agradeceu o apoio da CVM aos profissionais de contabilidade, auditoria e sustentabilidade e fez resumo de todos os painéis.
Haroldo Reginaldo Levy Neto, Coordenador Geral do XX Seminário Internacional FACPCS (Fundação de Apoio aos Comitês de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade), realizou agradecimentos especiais aos membros do ISSB e do IASB, que vieram ao Brasil, especialmente para o seminário, e elogiaram a participação brasileira, tanto no processo de internacionalização das normas de contabilidade, como agora, em relação às normas de divulgação de sustentabilidade, e encerrou o evento.
Realização
O Seminário foi uma realização do CBPS (Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade) e do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) com a colaboração das entidades-membros: ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar); ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas); AMEC (Associação de Investidores no Mercado de Capitais), APIMEC Brasil (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil); B3 (Brasil, Bolsa, Balcão); CFC (Conselho Federal de Contabilidade); FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras); e IBRACON (Instituto de Auditoria Independente do Brasil). A FACPCS (Fundação de Apoio aos Comitês de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade) foi a organizadora do evento.
Participaram como coordenadores do XX Seminário Internacional FACPCS - Normas Internacionais de Contabilidade e de Sustentabilidade: Ana Tércia Lopes Rodrigues, Carl Douglas, Edison Arisa, Eduardo Flores, Guillermo Braunbeck, Haroldo R. Levy Neto, Leandro Ardito, Rogério Mota, Verônica Souto Maior e Zulmir Breda.
Patrocínio
O XX Seminário Internacional FACPCS contou com o Patrocínio Master – Assaí Atacadista; B3 (Brasil, Bolsa, Balcão); Deloitte; Itaúsa; KPMG; PwC e SMS Brasil; Patrocínio Sênior – Cielo e Parker Russell; Patrocínio Pleno – Baker Tilly; FEBRABAN; Inspirali; Luz Publicidade; MOORE e Wulaia Consultoria.
Apoio
O evento teve apoio institucional dos Conselhos Regionais de Contabilidade (Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe); ABAI (Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos); ABEL (Associação Brasileira das Empresas de Leasing); ABRACICON (Academia Brasileira de Ciências Contábeis); ABRACONEE (Associação Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Elétrica); ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital); ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais); ANCEP (Associação Nacional dos Contabilistas das Entidades de Previdência); ANCORD (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias); ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) e ANPCONT (Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis).
O XX Seminário Internacional FACPC teve, também, apoio da CBARI (Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado); CORECON-SP (Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo); CRA-SP (Conselho de Administração de São Paulo); EAC FEA-USP (Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo); FEA-RP/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo); FECONTESP (Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo); FENACON (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas); FGV (Fundação Getulio Vargas) – Instituto de Finanças; IBEF-SP (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo); IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa); IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores); IIA Brasil (Instituto dos Auditores Internos do Brasil); SESCON-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo); SINDCONT-SP (Sindicato dos Contabilistas de São Paulo) e SINDICONT-Rio (Sindicato dos Contabilistas do Município do Rio de Janeiro). O CRCSP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo) realizou apoio operacional. E o evento contou com o apoio de divulgação do Portal Acionista e da Revista RI; e suporte da SB Eventos.
Para mais informações, basta acessar:
http://www.eventos.facpcs.org.br/home/XXSeminarioFACPCS