Empresários, executivos e amigos têm perguntado o que fazer neste 2018, diante do cenário de enormes desafios, para muitos, assustador, desanimador, sem perspectivas de solução. É aquela sensação de cachorro em procissão, de que tudo está perdido, de enxugar gelo ou de tentar apagar fogo assoprando. Tenho dito que, por difícil que pareça, é preciso crer e lutar, pois a vida continuará e a resposta para melhorá-la está nas atitudes pessoais de cada um e nas coletivas pelo somatório.
O receituário passa por realismo analítico, foco em soluções, abertura mental, disposições a mudanças, ações proativas e respeito a pessoas, a processos e à lógica. Seja realista, abandone as ilusões, evite as emoções e aí você verá que o mundo é maior do que seus problemas, que a vida não acabou, que suas perspectivas e futuro se sobrepõem aos seus concorrentes, credores, partidos, governantes. Analise a situação com frieza, detecte o que está errado, entenda as origens disso e foque nas verdadeiras soluções, não as paliativas ou ilusórias, mas as reais.
Faça isso com a mente aberta, livre de preconceitos e ideias preconcebidas que funcionaram no passado, única forma de você continuar vivo num universo que é darwinianamente mutante há bilhões de anos, independente da vontade dos seres deste planeta. Assim, aceite e esteja preparado para mudar a forma de produzir, vender, comprar, morar, locomover-se, transportar, contratar, trabalhar, demitir, comunicar, controlar, eleger, governar.
Nada mais será como antes, pois na dinâmica da vida e do universo não existe “estabilidade”, nem “direitos adquiridos”, independente do que digam as leis criadas pelos homens. Perca o saudosismo, não olhe o espelho retrovisor e aja, pois não é o passado que nos salva, mas apenas as ações corretas do presente que redundarão num futuro melhor. Ou seja, as soluções e a qualidade do futuro estão nas nossas mãos e atitudes.
Mesmo no âmbito político, nossa solução não está em ninguém do passado, remoto ou recente, nem na estrutura arcaica do Estado e suas instituições que nos dominam, cerceiam e exploram, baseadas que são em premissas, funções e ideias que já não servem e que pressupõe e exigem uma máquina da qual não precisamos, existindo, portanto, apenas para a sua autossustentação. Precisamos gestores muito mais do que políticos, educação muito mais do que proteção, liberdade muito mais do que regulamentação, oportunidade e perspectivas de crescimento e realização muito mais do que o arcabouço para manutenção de status e direitos do passado que com certeza não se sustentarão.
Em síntese, o que teremos pela frente dependerá de nós: ficar inertes consolidará a estagnação, semear ventos continuará a gerar tempestades, enquanto trilhar novos caminhos, praticar novas ações e atitudes gerará resultados que beneficiarão a todos os homens de bem, inclusive você.
Telmo Schoeler
é fundador e presidente da Orchestra Soluções Empresariais.
tschoeler@orchestrasoluções.com.br