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O ano de 2018 foi marcado pelo sempre intenso esforço de defesa das visões e interesses dos nossos associados, além da continuidade do processo de reorganização da entidade. Dois terços dos nossos associados já apoiam a Nova Abrasca.
A mudança foi iniciada em 2017 com objetivo de dotar a entidade de recursos tecnológicos atualizados, ampliar a estrutura da Associação e aprofundar a profissionalização de sua gestão. A Abrasca precisa estar apta para responder aos desafios deste novo século e atender demandas cada vez mais complexas.
Com os resultados alcançados até agora estamos certos que, em breve, todos os nossos associados estarão incluídos neste projeto desafiador para dinamizar e atualizar a entidade.
Já demos alguns passos importantes que começam a mudar o perfil da Abrasca:
Cabe destacar que somos pioneiros em ministrar cursos utilizando plataforma eletrônica interativa, o que permite participação a distância com interação constante entre os alunos e os professores. Para o primeiro trimestre do próximo ano, elaboramos um programa preliminar para realizar os seguintes cursos: a) Manual de Assembleias; b) Atualiza SPED; c) Planejamento de Risco; d) Melhores Práticas de Elaboração das Demonstrações Financeiras; e) IFRS DAY - Notas Explicativas.
Ressaltamos o extraordinário esforço realizado pelas nossas comissões técnicas de Mercado de Capitais (COMEC), Jurídica (COJUR) e de Auditoria e Normas Contábeis (CANC) na discussão e análise de alto nível dos importantes temas colocados em debate.
Graças ao empenho dessas comissões conseguimos realizar com sucesso o projeto [abertas+SIMPLES], um trabalho extenso, visando a simplificação da prestação de informações obrigatórias pelas companhias abertas, que mobilizou vários profissionais ao longo de quase dois anos.
No início do ano de 2018 realizamos uma série de entrevistas com profissionais das áreas de Relações com Investidores, contabilidade e jurídica das companhias abertas. A primeira avaliação dessas entrevistas apontou redundância e desperdício de tempo com o preenchimento das informações, tanto pela complexidade dos formulários quanto pelas deficiências tecnológicas.
Diante disso, celebramos convênio com a Fundação Getúlio Vargas para elaborar um trabalho técnico de análise e detalhamento das informações prestadas pelas companhias abertas. Os técnicos da FGV organizaram em planilhas os conteúdos de 11 formulários exigidos pela CVM. Listaram quase 1.900 campos, onde foram encontradas indicações de redundâncias em cerca de 400 deles, ou seja, 25%, aproximadamente.
Esse esforço valeu a pena. O trabalho foi fundamental para sedimentar a contribuição da Abrasca ao Grupo de Trabalho sobre Custo de Observância da CVM.
Em outubro, a Comissão de Valores Mobiliários iniciou a primeira fase do Projeto Estratégico de Redução de Custo de Observância. A minuta de Instrução, pouco ambiciosa, propõe alterações em 14 e a revogação integral de quatro (116, 117, 296 e 297). O objetivo é acabar com redundâncias ou sobreposições normativas, como destacou o presidente da autarquia, Marcelo Barbosa ao divulgar o projeto.
Outra grande conquista de 2018 foi o Parecer de Orientação 38, publicado pela CVM em setembro, orientando quanto à elaboração dos contratos de indenidade com segurança jurídica.
Aliás, cabe aqui uma observação: quem aguardava uma regra prescritiva, cheia de detalhes e restrições se surpreendeu positivamente. A autarquia optou por uma orientação leve e conceitual, o que permite respeitar as características de cada companhia, sendo merecedora de elogios pela lucidez na concepção do parecer.
A proposta à CVM de emitir orientação ao mercado sobre compromissos de indenidade foi feita pela Abrasca ainda em 2015, atendendo à demanda manifestada por companhias associadas que enfrentavam dificuldades para renovar suas apólices de seguro de D&O.
Em nosso entender, por meio desses contratos é possível mitigar ou neutralizar os efeitos adversos gerados pelas restrições do mercado securitário, capazes de afastar bons profissionais do cargo de administrador de companhias abertas.
Vitórias de 2018
Queremos citar ainda outras conquistas em defesa dos interesses das companhias abertas:
Para 2019, o principal objetivo da entidade é a redução expressiva do custo de conformidade das companhias abertas: eliminação das publicações em DO, do rodízio obrigatório de firma de auditoria independente e racionalização do preenchimento dos formulários exigidos pela CVM.
Alfried Plöger
é presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA)
abrasca@abrasca.org.br