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A 21ª edição do Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais - que aconteceu, nos dias 26 e 27 de junho de 2019, no WTC Events Center, em São Paulo - procurou debater os “Novos alicerces para capitalização das empresas: retomada do Mercado de Capitais e a Comunicação com os investidores”.
Realizado anualmente pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e pela ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas), o evento buscou demonstrar as expectativas sobre os programas de desestatização e ajustes nas contas públicas e debater medidas para facilitar o acesso das empresas ao mercado de capitais.
“O Encontro Internacional de RI tornou-se o maior da América Latina, o que mostra a força da economia brasileira”, enfatizou Edmar Prado Lopes Neto, presidente do Conselho de Administração do IBRI na abertura do evento. Lopes ressaltou que o número recorde de mais de 1 milhão de pessoas físicas com investimentos no mercado acionário brasileiro mostra a necessidade de mudanças nas áreas de Relações com Investidores.
Edmar Lopes lembrou a parceria de sucesso com a ABRASCA, que já dura 21 anos na realização do Encontro, e aproveitou para lançar o aplicativo oficial do IBRI, que tem o objetivo de entregar conteúdo exclusivo para os profissionais de RI. O aplicativo está disponível para download no Google Play e na Apple Store e com o app será possível conferir as principais notícias do mercado, receber informações sobre as melhores práticas de especialistas da área, conferir vagas de emprego, ficar atualizado sobre eventos, ler guias da profissão, e muito mais.
Alfried Plöger, presidente do Conselho Diretor da ABRASCA, destacou que a Associação trabalha há dois anos com apoio da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em um projeto para simplificar a prestação de informações prestadas pelas companhias. “O projeto Abertas+SIMPLES da ABRASCA tem o objetivo de melhorar a eficácia do processo de disclosure e evitar informações duplicadas”, afirmou ao destacar os novos alicerces para a capitalização das empresas.
Ações estratégicas para ampliar o uso do mercado de capitais
Marcelo Barbosa, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), destacou que o trabalho para atrair mais investidores pessoa física é desafiador. Barbosa realizou a palestra magna “Ações e Estratégias para ampliar o uso do mercado de capitais” e fez menção ao que a autarquia já realizou e o que ainda está por vir na agenda regulatória da CVM.
As ações da autarquia buscam verificar a possibilidade de mudanças regulatórias de menor complexidade, de baixo impacto e direcionadas a situações específicas e pontuais, especialmente com relação a redundâncias ou sobreposições normativas, e com o uso de AIR (Análise de Impacto Regulatório). Abrangem, também, pontos como a flexibilização do período de vedação ao registro de ofertas públicas de distribuição, permissão de análise de ofertas de forma reservada, a dispensa de análise prévia de material publicitário em ofertas públicas. Destaca-se ainda a participação da CVM na “Iniciativa Mercado de Capitais – IMK”, onde são discutidos pontos como a permissão para emitir dívida local em moeda estrangeira por companhias não financeiras e a redução do custo para a abertura de contas de custódia para não residentes.
Marcelo Barbosa, presidente da CVM, destaca que “um mercado de capitais ganha em competitividade quando suas regras, além de oferecerem proteção adequada aos investidores, são claras e não impõem aos seus participantes ônus desproporcionais aos benefícios que a regulação procura oferecer”.
Dentre os avanços do mercado de capitais, Barbosa citou o Informe de Governança Corporativa e a votação a distância em Assembleias de acionistas.
“Vamos fazer um estudo normativo para tornar o Formulário de Referência mais simples e objetivo, com base em sugestões recebidas no Projeto de Redução do Custo de Observância”, anunciou. Existe um universo de caminhos para avançarmos no mercado de capitais, “sempre com muito cuidado e com a colaboração do mercado”, concluiu Marcelo Barbosa.
Painel 1 - Governança das estatais: reconstrução da confiança e o papel do RI
Com olhos atentos para melhorar a gestão de informações entregues ao mercado e interessados em ampliar a credibilidade das empresas que tem o governo como controlador acionário, o debate do Painel 1 foi sobre: “Governança das estatais: reconstrução da confiança e o Papel do RI”.
Com moderação de Edmar Prado Lopes Neto, presidente do Conselho de Administração do IBRI, o painel contou com participação de dois representantes de estatais do setor elétrico: Elvira Presta, diretora financeira e de Relações com Investidores da Eletrobras; e Felipe Pessuti, superintendente de Mercado de Capitais da Copel (Companhia Paranaense de Energia) e diretor-adjunto Regional Sul do IBRI.
“O RI de uma estatal ou companhia de economia mista, numa nomenclatura mais adequada, exerce função estratégica e com mais oportunidade de atuar junto à administração do que na empresa privada. Faz o papel de uma espécie de tutor dos executivos da companhia, sobre o que deve - ou não - ser feito, um influenciador”, ressaltou Pessuti.
“No passado, o Conselho de Administração das Estatais era ocupado por integrantes do governo como ministros, secretários e ou pessoas indicadas pela estrutura do Estado. Hoje, a Lei das Estatais amplia a importância dos conselheiros independentes, destacou Pessuti.
Para Elvira Presta, o profissional de Relações com Investidores de estatais atua, também, de maneira a interferir na formação, treinamento e reciclagem da Alta Administração. Ela destacou a importância da participação de conselheiros independentes para a melhoria no padrão da Governança Corporativa.
A executiva da estatal elétrica salientou que “a diversidade na administração é desafiante, mas torna o debate mais rico, uma vez que cria mecanismos de transparência importantes, o que é valorizado pelo investidor”, afirmou. No capítulo de demanda dos investidores, em particular os estrangeiros, ela relatou que cada vez mais o plano de negócios necessita incluir projetos ambientais e sociais.
“A Governança Corporativa na estatal agrega etapas a mais no processo decisório, evita soluções apressadas e atua como um balizador interno de peso”, finalizou Elvira Presta.
Painel 2 - RI estratégico nas mudanças empresariais
O segundo painel do Encontro abordou o “RI estratégico nas mudanças empresariais” e contou com a participação de Daniela Bretthauer, conselheira de Administração do IBRI e diretora de Relações com Investidores do Grupo Carrefour Brasil; Marcos Maciel, gerente de RI da Klabin e José Antonio de Almeida Filippo, diretor Financeiro e de RI da Natura.
“Vamos explorar neste painel as estratégias de comunicação da Natura e da Klabin e os desafios enfrentados por elas”, anunciou a moderadora do painel Daniela Bretthauer. Marcos Maciel, gerente de Relações com Investidores da Klabin, destacou que o desafio é fazer com que a comunicação seja clara e objetiva. “É preciso usar melhor o tempo para falar com os investidores sobre os projetos da companhia”, ressaltou.
Segundo Maciel, há maior impacto na comunicação com os investidores quando a empresa faz convite para os acionistas conhecerem o parque fabril. “É cada vez mais importante ter proximidade com a área de Comunicação da companhia”, afirmou.
José Antonio de Almeida Filippo disse que é preciso monitorar e conciliar a comunicação com a estratégia da companhia. “O mercado precifica se a empresa está se comunicando adequadamente. “Na assembleia Geral, abrimos a empresa e a fábrica para visitas. Além disso, fazemos o Dia do Investidor, um evento fora da apresentação de resultados, onde discutimos mais sobre os negócios”, especificou Filippo.
Painel 3 - Novos IPOs: Desafios e Oportunidades
A redução das taxas de juros nas aplicações financeiras contribuiu para se atingir o recorde de mais de 1 milhão de pessoas físicas interessadas em buscar melhor retorno no mercado acionário brasileiro. As empresas com planos de se capitalizar por meio da abertura de capital (ou seja, realizar IPO sigla em inglês para Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial em português) estão, também, cada vez mais atentas ao movimento do mercado.
O painel 3 “Novos IPO´s: Desafios e Oportunidades”, moderado por Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), levou ao debate “mitos e fatos” sobre aberturas de capital. O painel contou, também, com a participação de Pedro Zemel, CEO da Centauro, empresa do varejo que acaba de abrir o capital; Carlos Augusto Junqueira, sócio do escritório Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados, e Claudia Biolchini, chefe de Depositary Receipts no Brasil do BNY Mellon.
O primeiro semestre de 2019 registrou a operação da abertura de capital da Centauro e Felipe Paiva da B3 adiantou aos presentes que mais de uma dezena de empresas esperam o momento de seguir na mesma trilha. O CEO da Centauro compartilhou no painel o case da empresa e os caminhos trilhados até a finalização do processo, iniciado há dois anos, e o que se seguiu após a estreia na Bolsa.
“Antes eram dois interlocutores que cuidavam da tomada de decisão e isso mudou”, conta Zemel, ao explicar as alterações na cultura interna da companhia. Assinalou a profissionalização da equipe que cuida do relacionamento com o mercado e as demandas agora mais específicas sobre a gestão e o próprio negócio.
Carlos Augusto Junqueira considerou entre os mitos a governança e os riscos que cercam um processo de IPO. A prática do dia a dia com interesses focados e o preparo de um time com liderança da área de Relações com Investidores representam etapas fundamentais da abertura de capital. “Hoje, o ambiente regulatório está excelente, o que ajuda a derrubar mitos”, sentencia Junqueira.
A melhor forma de educar para o mercado de capitais é a exposição ao risco, num mercado que conta com o olho firme da CVM, frisou Junqueira. No seu entender, a quebra do paradigma requer falar mais abertamente e sem preconceitos a respeito de investir em renda variável, ou seja, “trazer as ações para o dia a dia das pessoas”. O especialista se mantém confiante em relação a “uma nova safra de IPO’s”.
A visão da instituição financeira que cuida de dupla listagem de papéis – nos mercados nacional e internacional – foi esclarecida por Claudia Biolchini. Sobre a combinação de mercados, um mito é a crença de que quando um papel é listado duplamente a liquidez diminui no mercado local. O que acontece é que no longo prazo, ao contrário, a liquidez até aumenta, nos dois mercados, observa. Biolchini ainda assinalou que é possível acessar pool de investidores internacionais, sem necessariamente enveredar por operações estruturadas sofisticadas.
Painel 4 - ESG: Novas dimensões que criam valor!
Fatores ambientais e sociais se somam à Governança Corporativa e são cada vez mais alvo frequente dos investidores do mercado de capitais. Critério por algum tempo restrito ao seleto crivo dos grandes fundos internacionais, entre os quais a cultura ESG (Environmental, Social and Governance) se encontra amplamente disseminada, agora passa a constar na escolha por papéis de outras categorias de investidor, para quem é da mesma maneira imprescindível que as empresas sejam ambientalmente e socialmente responsáveis.
O tema “ESG: Novas Dimensões que Criam Valor!” foi debatido no painel 4 do evento, que teve a moderação de Paulo de Sá Pereira, gerente executivo de renda variável da FUNCESP; que conduziu o debate com Paulo Geraldo Polezi, diretor de finanças e Relações com Investidores da WEG; Bruno Salem Brasil, membro do Conselho de Administração do IBRI e gerente de RI da Itaúsa, e Mauro Storino, diretor sênior de ratings corporativos da Fitch Ratings.
O rigor no momento de aplicar em ações ultrapassa a análise dos balanços e indica maior profundidade do investidor sobre as ações de sustentabilidade e responsabilidade social das companhias abertas e com as melhores práticas de Governança Corporativa. Os debatedores assinalaram, ainda, que o ESG está intimamente relacionado ao rating das empresas.
Paulo Geraldo Polezi da WEG, confirmou que os requisitos ESG estão incorporados à empresa desde a sua origem, por exemplo, o projeto de inclusão social capacita jovens no Centro WEG de Formação Profissional.
Segundo Polezi, no tratamento de efluentes, a companhia já se dedica a projetos ambientais antes mesmo de leis enquadrarem os empreendimentos industriais na exigência, ao que se somam a “boas práticas de Governança Corporativa”. A WEG se esforça igualmente para manter ativos os canais de comunicação com o mercado, passando pela valorização das plataformas virtuais, destaca Polezi. A própria área de RI tem merecido maior atenção da administração da companhia e hoje há um analista dedicado a questões ambientais, que acompanha os investimentos da corporação e consegue reportar as ações. No caso específico da WEG, relatos sobre cuidados com meio ambiente e responsabilidade social têm sido mais demandados e “a governança requer menos transpiração por ser uma prática mais sedimentada e tradicional na empresa”, afirmou Polezi.
Na holding Itaúsa, “as iniciativas de ESG são relevantes e o grupo preza por esse viés”, afirma Bruno Salem Brasil. No final de 2018, um fundo de pensão europeu manteve reuniões com a área financeira e “longas horas com o pessoal de sustentabilidade”, e só depois dessa aproximação realizou investimentos.
Mauro Storino explica que na Fitch Ratings foi criado um score com requisitos para classificação de riscos, envolvendo aspectos ambientais, sociais e de governança. A avaliação se baseia em transparência e exposição do negócio.
“Situações de vulnerabilidade no envolvimento com investigações como a da Operação Lava Jato mancharam a imagem de companhias”, acrescentou Storino.
Painel 5 - Educação financeira amplia segurança para investir
O painel 5 debateu “Educação Financeira como ferramenta de atração de Investidores pessoa física para o mercado”. O debate foi moderado por Christiane Assis, conselheira de Administração do IBRI e diretora de Relações com Investidores da JBS. Entre os convidados para tratar do tema estiveram: José Alexandre Vasco, superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM (Comissão de Valores Mobiliários); Alessandra Borges, gerente de Desenvolvimento de Empresas da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), e Joelson Sampaio, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Programas conjuntos voltados para a educação do investidor foram defendidos no painel, além de formatos adequados para a transmissão do conhecimento.
“Um imperativo é entender a necessidade do investidor e falar a linguagem dele”, observou Vasco. Ele também assinalou a visão do investidor de aplicar em empresas que sejam protagonistas de programas de impacto social, perspectiva que ocupa a decisão em especial dos jovens que transitam no mercado.
“O poupador só coloca o pé em terreno que conhece e por isso a importância da educação financeira”, destacou Alessandra Borges.
Na análise de Joelson Sampaio, hoje a juventude tem um bom trânsito com tecnologia e deve absorver um conhecimento financeiro mais adequado do que as gerações anteriores. O desafio é transformar o conhecimento em ação e criar uma cultura que vai além no que se refere a zelar pelo dinheiro.
Painel 6 - Pesquisa IBRI e Deloitte: Novo Ecossistema das Relações com Investidores: Tecnologia e Comunicação na era dos negócios digitais
No painel 6, houve a apresentação dos resultados da pesquisa IBRI e Deloitte sobre o “Novo Ecossistema das Relações com Investidores: Tecnologia e Comunicação na era dos negócios digitais”. As respostas foram obtidas junto a 64 empresas, sendo 72% com receita maior do que R$ 1 bilhão.
Guilherme Setubal, presidente da Diretoria Executiva do IBRI, e Ronaldo Fragoso, líder do Centro de Excelência em Aspectos Regulatórios e Governança Corporativa da Deloitte Brasil, detalharam os resultados.
A pesquisa demonstra que seis em cada dez empresas pesquisadas identificaram aumento no número de investidores pessoas físicas. O que demonstra a necessidade de preparação dos profissionais de Relações com Investidores para a nova demanda. “O RI tem de ser alguém que mobilize pessoas. Não só profissional que divulgue números”, destacou Guilherme Setubal.
Outro ponto abordado pela pesquisa foi com relação ao uso de tecnologia na área de Relações com Investidores. De acordo com a pesquisa, 69% dos entrevistados investiram em novas ferramentas e formas de trabalhar, mas apenas 8% aplicaram tecnologias de dados e automação cognitiva para funções de Relações com Investidores.
“A Inteligência Artificial pode ser, por exemplo, especialmente útil para a melhoria da percepção de valor pelos pequenos acionistas e investidores”, declara Ronaldo Fragoso.
Privatização: onde estamos e para onde iremos?
“Temos que fazer o resgate deste país”, declarou Salim Mattar, secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, durante a sua palestra sobre “Privatização: onde estamos e para onde iremos?”. A palestra foi moderada por Alfried Plöger, presidente do Conselho Diretor da ABRASCA. Plöger destacou a importância do apoio da sociedade aos projetos de Salim Mattar no Ministério da Economia.
Mattar apresentou alguns dados para ilustrar como o atual governo recebeu o país no dia 1º de janeiro de 2019. Segundo ele, a carga tributária atingiu a porcentagem máxima do PIB (Produto Interno Bruto). “Gastamos mais horas com burocracias e complicações para pagar impostos”, acrescentou. Mattar fez menção ao slogan “Mais Brasil, menos Brasília”, destacando que precisamos de menos burocracia, menos complicações e também de uma sociedade mais livre e mais aberta.
“De certa forma, a falta de dinheiro deve estimular a busca de recursos privados nas concessões”, comentou. Salim Mattar.
Depois de aprovada a reforma da previdência, Mattar destacou que a reforma tributária deve ser a meta do governo. “Nosso papel é levar o país rumo a prosperidade”, finalizou.
Painel 7 - Pequenas e médias empresas
O painel 7 do Encontro abordou o tema “Pequenas e médias empresas: medidas para facilitar o acesso ao mercado de capitais brasileiro”. O painel foi moderado por Ricardo Rosanova Garcia, gerente de Operações da ABRASCA. Participaram do painel: Greg Kelly, CEO da EqSeed; Rafael Calabria, sócio do escritório BMA Advogados; Gustavo Barreira, CEO da cervejaria LEUVEN; e Lucas Borges, membro do Conselho do Grupo Luxor.
Durante o painel, Greg Kelly esclareceu que a Instrução 588 da CVM, que dispõe sobre a oferta pública de distribuição de valores de empresas de pequeno porte, trouxe oportunidades para as “startups” e empresas em ascensão com o intuito de pode acessar o mercado de capitais.
“A experiência de ter captado por meio da ICVM 588 foi muito rica”, opinou Gustavo Barreira sobre a importância de se construir uma comunidade que se potencializa o negócio. Lucas Borges destacou sobre o “poder da plataforma de conectar investidores e os benefícios em Governança Corporativa”.
Rafael Calabria lembrou, também, que existe oportunidade de se tentar criar um mercado de acesso para as empresas que já tiveram as primeiras rodadas de investimento com investidores qualificados.
Plataformas digitais dinamizam informações
O palco do 21º Encontro cedeu espaço para lançamento e reformulação de plataformas digitais, que despontam como aliadas no trabalho de troca de informações e relatórios técnicos.
A ABRASCA apresentou, durante o evento, o software E.Net Bot, que se destina ao uso dos associados da entidade. Segundo Ricardo Rosanova Garcia, gerente de operações da ABRASCA, o novo programa economizará tempo para preenchimento dos Formulários de Referência.
Por sua vez, Haroldo Levy, coordenador do CODIM (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado), demonstrou no evento a nova versão do site da entidade www.codim.org.br, desenvolvido nos últimos três anos. Haroldo Levy convidou o público a consultar o site e interagir com o Comitê.
Palestra de Encerramento: Ações do Governo para a retomada do mercado de capitais
Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, realizou a palestra de encerramento com o tema “Ações do Governo para a retomada do Mercado de Capitais em prol do desenvolvimento do País”. Guilherme Setubal, presidente da Diretoria Executiva do IBRI, e Alfried Plöger, presidente do Conselho Diretor da ABRASCA, acompanharam a palestra no palco ao lado de Mansueto Almeida.
“A reforma da previdência é essencial, pois sem ela não haverá equilíbrio fiscal”, enfatizou Mansueto Almeida. Ele disse que além da reforma da previdência é preciso reduzir os gastos do governo. “Precisamos ter uma agenda de maior integração com o mundo e focar mais em incentivos para inovação”, declarou Mansueto Almeida.
Guilherme Setubal e Alfried Plöger agradeceram a presença de todos e encerraram o evento.
O 21º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais foi patrocinado pelas empresas: B3 (Brasil, Bolsa, Balcão); blendON; BMA (Barbosa, Müssnich Aragão Advogados); BNY Mellon; Bradesco; Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados; Datev; Deloitte; DFIN, Diligent; Fitch Ratings; Itaú Unibanco; MZ Group; Oliveira Trust; Petrobras; Refinitiv; S&P Global; TheMediaGroup; e jornal Valor Econômico. Mais informações: www.encontroderi.com.br