Um número relevante de acionistas minoritários da Redecard não teria recebido a parte que lhes coube no processo de aquisição de todas as ações da Redecard negociadas em bolsa, se não fosse uma verdadeira operação de busca, organizada pelo seu acionista controlador, o Itaú Unibanco. A operação, um feito inédito no mercado de capitais brasileiro, foi complementar à Oferta Pública de Aquisição (OPA) conduzida pelo banco para fechamento de capital da Redecard no ano passado. A idéia inicial era localizar o máximo de minoritários possível. Mas, a equipe de RI do banco achou que podia zerar a base de acionistas remanescentes, localizando todos os minoritários, o que foi feito com sucesso.
Foi um trabalho gigantesco, que “em tese” não era obrigação do banco, e envolveu, além do departamento de RI, as áreas de Custódia e de Call Center do banco (Investfone) e contou ainda com ajuda de corretores e da BM&FBovespa, num total de mais de 30 pessoas comunicando-se diariamente, conta Geraldo Soares, superintendente de RI do Itaú Unibanco.
Pela aquisição de todas as ações da Redecard que estavam no mercado, o Itaú Unibanco pagou R$ 10,5 bilhões no leilão da OPA e R$ 1,3 bilhão, após o leilão. Foram contemplados 2.899 acionistas no leilão e 2.268 acionistas após o leilão. No dia 18 de outubro de 2012, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cancelou o registro da Redecard como companhia aberta.