Em agosto de 2021, o executivo de RI André Vasconcellos recebeu uma proposta “irrecusável” do prefeito do Rio, Eduardo Paes, para potencializar a atração de investimentos, contribuindo para o aprimoramento dos instrumentos de governança e avançar a agenda de parcerias público-privadas da cidade maravilhosa. Neste sentido, aceitou o desafio, e a Prefeitura do Rio de Janeiro assumiu o pioneirismo de ter um profissional de Relações com Investidores contribuindo para a excelência na gestão pública.
Graduado em Administração de Empresas (2008/2012 e Ciências Contábeis (2012/2014) pelo IBMEC, André Luiz Carneiro de Vasconcellos tem Especialização em Direito Societário e Mercado de capitais na FGV (2016/2017) e Mestrado em Administração e Estratégia Empresarial pela PUC Rio (2018/2019). Foi estagiário na ONU no programa United Nations Human Settlements (2010) e na Vale (2010/2011). Em 2011, ingressou na Eletrobrás, onde exerceu a atividade de RI, permanecendo até 2021, quando deixou a maior companhia do setor elétrico da América Latina, para assumir a assessoria de Relações com Investidores e ESG da Prefeitura do Rio de janeiro.
André Vasconcellos também participa de várias atividades para o fortalecimento do mercado de capitais e da atividade de RI, como coordenador do grupo “Relações com Investidores nas Estatais”, mentor de “Carreiras em RI”, membro das “Comissões Técnica e ESG” e diretor adjunto do IBRI - e também como membro do IMK (Iniciativa de Mercado de Capitais no Governo Federal), fórum de discussão, presidido pelo Banco Central do Brasil.
Acompanhe a seguir a entrevista deste profissional que - de forma pioneira - está fazendo história no desenvolvimento da atividade de RI no Brasil.
RI: Quem é André Luiz Carneiro de Vasconcellos?
André Vasconcellos: Filho primogênito do Alziro (militar) e da Angela (funcionária pública), cristão, 34 anos, entusiasta do mercado de capitais e apaixonado por desafios. Sabendo que sonhos são de graça e para realizá-los existe um preço, desde cedo “mergulhei” nos livros e abdiquei de momentos pessoais e de muitas madrugadas de sono para ingressar em alguns dos concursos mais disputados do país: nas Forças Armadas, nas Nações Unidas e posteriormente na maior companhia do setor elétrico da América Latina. Sou um jovem que dorme com ideias e acorda com atitudes, seja no âmbito profissional, na área acadêmica ou no ativismo em entidades do mercado de capitais. Irredutível nos valores éticos, procuro construir boas relações, sempre almejando bons resultados e revisando práticas obsoletas rumo à excelência em gestão, seja pública ou privada. Mais do que colecionar conquistas, meu sonho sempre foi contribuir na construção de um importante legado para o mercado de capitais e para a sociedade.
RI: Há quase 10 anos, o saudoso Silvio Guerra, então diretor de RI da Localiza e um dos mais brilhantes e premiados profissionais de RI que nosso mercado de capitais já conheceu, em artigo publicado na Revista RI (Abril/2012), afirmou: “O profissional de RI (Relações com Investidores) deve assumir o compromisso de melhorar o nível da gestão na economia e sociedade brasileiras. O que o RI faz no âmbito das empresas privadas é buscar ampliar o valor da organização por meio do seu modelo de negócios, muitas vezes único (...) O Estado brasileiro precisa de profissionais assim”. No seu atual desafio, à frente da área de RI da Prefeitura do Rio, como o conhecimento em Relações com Investidores pode gerar valor para a cidade do Rio de Janeiro?
André Vasconcellos: A geração de valor é indiscutível. Relações com Investidores são um conjunto de atividades, métodos, técnicas e práticas que, direta ou indiretamente, propiciam a interação das áreas de Contabilidade, Jurídica, de Planejamento Estratégico, de Comunicação, de Marketing e de Finanças, com o propósito de estabelecer uma ligação entre a administração da empresa, os acionistas e os demais agentes que atuam no mercado de capitais, integrando a comunidade financeira nacional e internacional. Segundo dados do IBGE (2019), o município do Rio de Janeiro ostentava um PIB de R$ 354.981 milhões, concentrando aproximadamente 46% da força econômica do estado e 4,8% de todos os bens e serviços produzidos no país o que consolida o Rio como o segundo maior polo de riqueza nacional. Números expressivos que representam quase seis vezes a receita operacional das maiores companhias abertas brasileiras. Logo, se é fundamental para uma empresa listada em bolsa contar com um profissional de RI, por que uma estrutura com capacidade inúmeras vezes maior de gerar emprego e renda não deveria? A atividade do RI, de forma geral, busca gerenciar adequadamente as expectativas do mercado e construir a credibilidade da companhia. A formação acadêmica multidisciplinar de um RI, associada à experiência no mercado de capitais, potencializa a geração de valor, principalmente no meu caso em que parte da minha carreira profissional se desenvolveu em uma sociedade de economia mista, listada em Bolsa, a Eletrobrás - o que incorpora também uma sensibilidade diferenciada perante às nuances da gestão pública.
RI: Silvio Guerra também afirmava que “o profissional de RI conhece bem todos os entraves macroeconômicos. Este tabuleiro de xadrez é clássico e o que mais pesa neste contato entre o dono do dinheiro e o tomador do dinheiro é a confiança depositada em relações de longo prazo”. Como a sua experiência como RI da maior companhia do setor elétrico da América Latina - Eletrobras - pode gerar valor ao município do Rio de Janeiro?
André Vasconcellos: Na Eletrobras, participamos de importantes aprimoramentos no Programa de RI, contemplando follow-up das obrigações legais e regulamentares, suporte no planejamento e na operacionalização dos atos societários de aumento de capital (follow-on), desestatização e desinvestimentos, assim como contribuímos para o desenvolvimento do tema ESG (Environmental, Social and Governance) e para o aprimoramento do disclosure às diversas iniciativas nacionais e internacionais. Na estatal, também participamos da modernização dos mais importantes instrumentos de governança da companhia, como o “Manual de Divulgação e Uso de Informações”, a “Política de Negociação de Valores Mobiliários”, o “Manual para Participação em Assembleia de Acionistas” e “Política de Distribuição de Dividendos”. Além disso, lideramos o projeto de criação e implementação de uma das primeiras plataformas de ouvidoria financeira do país para atendimento aos mais diversos stakeholders do mercado de capitais, denominada “Ombudsman de RI”, inclusive para cumprimento às solicitações de entidades, como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Tribunal de Contas da União (TCU), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), New York Stock Exchange (NYSE), Mercado de Valores Latinoamericanos en Euros (LATIBEX) e Brasil, Bolsa, Balcão S.A. (B3). Dessa forma, minha experiência como RI na maior companhia do setor elétrico da América Latina pode incentivar e auxiliar o município do Rio de Janeiro rumo a uma pauta de modernização legislativa; reforço à segurança jurídica de importantes atos societários, especialmente a agenda de Concessões e Parcerias Público-Privadas, assim como potencializar a preocupação com aspectos de governança e socioambientais nas políticas públicas municipais.
RI: Com esse mergulho na gestão pública, há conhecimentos ou habilidades que pretende se aprofundar?
André Vasconcellos: Sem dúvida! No meu planejamento de capacitações previstas para 2022, contemplo cursos nas áreas de integridade, ética, compliance, assim como alguns dedicados principalmente à estruturação de PPPs e Concessões. Além disso, seja por meio da Verbo Jurídico (Instituição de Ensino Superior responsável pela pós-graduação em “Direito e Mercado de Capitais” que coordeno), seja por meio do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores no qual sou fundador e coordenador do Grupo “RI de Estatais”), pretendo incentivar debates importantes nas áreas de governança corporativa, direito societário e mercado de capitais, tendo, dessa forma, a oportunidade de aprender mais sobre temas propositivos tão necessários para a gestão pública, seja municipal, estadual ou federal.
RI: Em 2021, a cidade do Rio lançou seu plano estratégico com previsão de investimentos na ordem de R$ 13,9 bilhões. O documento prevê que, até 2024, terão que ser cumpridas 93 metas relacionadas a seis eixos: Cooperação e Paz; Igualdade e Equidade; Longevidade, Bem-estar e Território conectado; Desenvolvimento Econômico, Competitividade e Inovação; Mudanças Climáticas; e Resiliência e Governança. Em quais iniciativas você avalia que sua experiência pode agregar e gerar valor?
André Vasconcellos: Certamente, as contribuições tendem a ser mais aprofundadas na agenda de infraestrutura a qual demanda maior atração de investimentos, sejam públicos ou privados, assim como necessitam de razoável segurança jurídica e institucional. Além disso, em algumas áreas temáticas relacionadas a outras pastas, minha dedicação tende a ser mais transversal, por exemplo, nas tratativas relacionadas à contratação das agências de classificação de risco e na retomada do almejado grau de investimento pelo município. Nos primeiros meses após assumir esse importante desafio, também realizamos contribuições no Projetos de Lei Complementar nº 55/2021, que autoriza o poder executivo a promover a incorporação da Companhia Carioca de Securitização S/A (Rio Securitização) pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro S/A (CDURP), assim como o autoriza a constituir a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR). Essa incorporação almeja constituir fonte de recursos para garantir operações de concessões, cessões e parcerias público-privadas (PPPs), assim também homenageia o princípio da eficiência ao otimizar o resultado esperado com o menor custo possível, mantendo a qualidade e buscando a celeridade na prestação do serviço e no trato com os bens públicos municipais. Essa modernização legislativa é bastante oportuna para o alcance do interesse público com rentabilidade econômica e responsabilidade socioambiental, para o fortalecimento da governança corporativa e do compliance da CCPAR, assim promovendo maior robustez na gestão e na captação de recursos para concessões e PPPs, inclusive para um dos principais projetos que estou envolvido: as PPPs na área de Saúde, que devem ser as maiores neste setor já realizadas no país.
RI: Em 2018, você começou a dar palestras sobre inovação na gestão dos negócios com foco nas companhias estatais cuja estreia foi no evento “Lei das Estatais na Prática”, promovido pela Capital Aberto. Em 2021, em plena pandemia, seu painel “Desmistificando o Mercado Financeiro” no TC Day alcançou o pico de mais de 7 mil pessoas conectadas simultaneamente. Quais são os próximos passos? O que lhe fascina no mercado de capitais?
André Vasconcellos: Sempre que a agenda permite, procuro aceitar os convites para participar de eventos no mercado de capitais, sejam virtuais ou presenciais. Sem dúvida, é fascinante o desafio constante de engajar a nova geração de profissionais de RI nas mais diversas discussões, sediadas pelas mais importantes entidades de mercado do país, assim como por empresas e instituições de ensino. No que se refere ao IBRI, pretendo, principalmente nos fóruns de estatais e do capítulo RJ, fortalecer o compromisso do Instituto e consolidá-lo como entidade que contribui para o desenvolvimento profissional dos RIs, desenvolvendo e difundindo conhecimentos técnicos e experiências relativos à área de relações com investidores entre executivos, companhias, instituições e o público em geral.
RI: Você foi o primeiro graduando a integrar a Comissão de Desenvolvimento Sustentável do CRA/RJ (Conselho Regional de Administração do Estado do Rio de Janeiro) e o primeiro estagiário brasileiro da ONU (Organização das Nações Unidas). Agora, assume uma posição pioneira na atividade de RI ao aceitar o desafio na Prefeitura do Rio de Janeiro para desenvolver essa função. O pioneirismo é um fator motivacional na sua carreira profissional?
André Vasconcellos: Avaliando os últimos quinze anos, de fato, há algumas conquistas inéditas e não posso negar que isso é importante “combustível”, mas acredito que só se tornaram possíveis por meio de um planejamento de carreira de médio e longo prazos. E o alcance de alguns objetivos possibilita que outros novos sonhos sejam possíveis também, como ser matéria de capa da mais conceituada e longeva revista do mercado de capitais brasileiro, a Revista RI. Atualmente, meu maior objetivo profissional é promover as condições necessárias para que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro reafirme seu compromisso com a segurança jurídica, a persecução do interesse público relevante, o contínuo aprimoramento dos instrumentos de governança das estatais municipais e o fortalecimento do programa municipal de infraestrutura, responsável pela maior carteira de ativos da história do município do Rio de Janeiro.
RI: Na área acadêmica, você acumula mais de 12 publicações científicas ou jornalísticas, incluindo a coautoria do livro “Brasil S/A – Guia de Acesso ao Mercado de Capitais”; além da docência em cursos de curta duração e de coordenação de curso de pós-graduação em “Direito e Mercado de Capitais”. Essa sua experiência pode contribuir para o aprimoramento técnico dos servidores do município do Rio de Janeiro?
André Vasconcellos: Com certeza. Aliás, no âmbito municipal há a Fundação João Goulart, instituto responsável por estudos de administração pública da cidade do Rio de Janeiro. Tive a honra de ser convidado pela presidente, Rafaela Bastos, para contribuir em alguns programas que visam, em níveis estratégicos, impulsionar habilidades e competências em gestores públicos, de forma individual e em rede, com inovação, sustentabilidade e efetividade para a prestação de serviços e políticas públicas ao cidadão. Além disso, já disponibilizei à Fundação a possibilidade de incluir conteúdos sobre governança corporativa, direito societário e mercado de capitais com vistas à eficiência na gestão, implementação de políticas públicas e melhoria das entregas à sociedade. Fora da esfera pública, almejo publicar ainda este ano dois novos livros nos moldes do “Brasil S/A”, envolvendo diretamente o escopo de Relações com Investidores, além de escrever artigos-opinião para mídias de grande circulação ou especializadas em economia e finanças. É uma forma de fomentar debates atuais por meio de dados inéditos.
RI: Em menos de 4 anos, você acumula também um legado importante no IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores). Foi o primeiro Diretor Técnico cujo mandato criou a Comissão “ESG”; fundou e coordena o Grupo “RI de Estatais”; já organizou e moderou dezenas de eventos presenciais e virtuais; participou da fundação do “IBRI Mulheres”; capitaneou o ingresso do Instituto no fórum de discussão IMK (Iniciativa de Mercado de Capitais) do Governo Federal; integrou o programa de mentoring; e representa o Instituto no Comitê de Direção do projeto “Histórias de Sucesso – Mulheres no Conselho”. O que ainda está por vir?
André Vasconcellos: O IBRI foi criado em 1997 com o objetivo de valorizar o papel da comunidade de profissionais de RI no mercado de capitais brasileiro e, por sua vez, contribuir para o seu fortalecimento e aperfeiçoamento. Desde então, o Instituto tem obtido resultados expressivos graças a dedicação do seu superintendente, Luiz Roberto Cardoso, o engajamento de centenas de RIs que integram comissões, diretorias, conselhos, comitês, fóruns e grupos de trabalho, além dos estagiários que dedicam esforços para tornar realidade todas as nossas iniciativas. Logo, essas conquistas mencionadas em sua pergunta não seriam possíveis sem um trabalho sinérgico e integrado de diversas partes envolvidas nas rotinas e nos processos do IBRI. Como faz parte da filosofia do IBRI a valorização de parcerias com entidades correlatas ao RI, sejam do mercado nacional ou estrangeiro, é provável que eu potencialize, por meio do grupo “RI de Estatais” minha participação nas discussões de temas ligados às atividades de RI junto às autoridades reguladoras, aos legisladores e entidades do poder público, visando compartilhar, quando possível, o ponto de vista dos profissionais de RI para o desenvolvimento das regulamentações e das legislações aplicáveis.
RI: Você tem um posicionamento singular no mercado de capitais que se reverte em números expressivos na maior rede profissional do mundo - LinkedIn - e em conquistas em sua carreira. O que o mundo empresarial e os profissionais de RI, com trajetórias mais tradicionais, podem aprender com essa sua experiência?
André Vasconcellos: Acredito que minha extensa rede de conexões no LinkedIn, atualmente girando em torno de 30 mil executivos, é fruto principalmente do meu ativismo em diversas iniciativas no mercado de capitais, principalmente relacionada à agenda propositiva no IBRI. Além de potencializar a construção de uma marca pessoal e atrair novas oportunidades profissionais, a rede social LinkedIn é uma plataforma que me auxilia também a alcançar a missão do próprio Instituto. As redes sociais, principalmente LinkedIn e Instagram, são plataformas com enorme potencial para aumentar a visibilidade de executivos e empreendedores. Também são ótimos canais de relacionamento com o público-alvo, seja para obter insights ou para construir alianças estratégicas, assim como para celebrar parcerias pessoais ou profissionais.
RI: E, para você, quais são suas maiores referências no mundo dos negócios?
André Vasconcellos: Ainda que eu já tenha sido indagado algumas vezes sobre minhas inspirações profissionais em outros momentos, essa é uma resposta difícil, pois há inúmeros executivos exemplares no mercado de capitais brasileiro. Entretanto, como dizem que “a palavra convence e o exemplo arrasta”, não hesito em afirmar que minhas referências são, entre outros, premiados profissionais de RI com os quais aprendo bastante: Geraldo Soares, Superintendente de RI do Itaú, e Paula Prado, Superintendente de RI da Eletrobras. Devido ao conhecimento técnico, à experiência profissional, ao comportamento ético e à liderança exercida, acredito que eles devem ser também referências para diversos outros profissionais da comunidade de RI.
RI: Quais conselhos você daria a um estagiário ou analista júnior recém-ingresso na área de RI de companhia aberta no Brasil?
André Vasconcellos: Dedique-se ao aperfeiçoamento técnico e multidisciplinar; associe-se ao IBRI; inscreva-se no programa de mentoring do Instituto; estabeleça relacionamentos com profissionais de RI de outras companhias abertas; obtenha certificações profissionais; faça parte de fóruns de RI; sugira inovações racionais para os desafios da sua área de RI; e construa sua marca pessoal. Eis uma maneira que pode ser interessante para incentivar um ciclo virtuoso em sua carreira profissional.
RI: Como você enxerga sua carreira profissional daqui 10 anos?
André Vasconcellos: Ao mesmo tempo em que procuro planejar minha carreira profissional no médio prazo, é natural uma certa dose de incerteza ao passo em que sabemos quais sementes plantamos, mas não conseguimos prever quais prosperarão e podem gerar frutos. Por exemplo, há um ano avaliava algumas posições de liderança relevantes em áreas de RI de companhias abertas, mas jamais imaginei que estaria assumindo uma agenda importante na gestão pública. Logo, não costumo traçar metas profissionais tão objetivas nesse horizonte de tempo, até porque elas obrigatoriamente teriam que ser revisadas constantemente. Parafraseando o ilustre economista Ricardo Amorim, “eu tenho um sonho que, um dia, seremos, exigiremos e causaremos a transformação que queremos”, por isso procuro, sempre que possível, contribuir também para o desenvolvimento de carreira de outros executivos e aplicar, no meu dia-a-dia, os mesmos conselhos que humildemente compartilhei na resposta anterior para os aspirantes à RI. Afinal, todo dia é uma oportunidade única de recomeçar e de fazer melhor o que nos propomos como ser humano.