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O IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) comemora 25 anos. O Instituto foi criado, em 5 de junho de 1997, sob a inspiração do seu congênere norte-americano: o NIRI (National Investor Relations Institute). O Instituto tem como objetivo valorizar o papel da comunidade de profissionais de Relações com Investidores no Mercado de Capitais brasileiro, contribuindo para seu aperfeiçoamento. Desde então, a entidade tem obtido resultados expressivos graças a um trabalho bem direcionado e baseado em uma estrutura administrativa que busca o máximo de eficiência.
A filosofia de trabalho do IBRI inclui a valorização de parcerias, apoios e convênios com entidades do mercado, que tenham objetivos em comum com a área de Relações com Investidores e o desenvolvimento profissional. Nesse sentido, o IBRI compreende que as parcerias desenvolvidas têm sido capazes de gerar valor para os associados, além de contribuir para enriquecer as discussões técnicas junto a órgãos oficiais – com os quais possui convênio formal firmado – como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e instituições como a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).
Em 2015, a profissão de Relações com Investidores foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), consequência de uma iniciativa do IBRI.
Atualmente, o Instituto congrega mais de 300 profissionais (pessoas físicas), baseados em grande parte dos Estados brasileiros e no Distrito Federal, que estão ligados, direta ou indiretamente, com as áreas de Relações com Investidores de muitas das principais Companhias Abertas do Brasil. Para ampliar seu relacionamento e influência com esses profissionais, o IBRI conta com representantes nos principais polos do país, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e região Sul.
Para comemorar os 25 anos de existência do Instituto, foram coletados depoimentos de fundadores, profissionais do Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética e do Conselho de Administração do IBRI, presidentes, diretores e colaboradores envolvidos com a gestão atual e o futuro da entidade. O intuito é apresentar um pouco da história, objetivos, realizações e próximos passos do IBRI na área de Relações com Investidores e Mercado de Capitais.
Fundação do IBRI
Segundo Almir da Silva Mota, um dos fundadores do IBRI e membro do Conselho Fiscal do Instituto, a ideia de criação do Instituto surgiu bem antes de 1997. A origem se deu na ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas), na época presidida pelo combativo Alfried Plöger, que era Presidente do Conselho de Administração da Companhia Melhoramentos de Papel e Celulose S/A. De acordo com Almir Mota, “o nosso querido Plöger, de origem germânica, concentrava poderes na gestão da ABRASCA, e nem queria ouvir falar de uma possível criação de outra entidade que incorporasse os profissionais de Relações com Investidores, já que havia duas Comissões que já faziam este trabalho: a COMEC (Comissão de Mercado de Capitais), e a Comissão de Acionistas, compostas pelos representantes das Companhias Abertas filiadas à ABRASCA”.
A partir desse contexto, de acordo com Almir Mota, um impasse surgiu: “Como convencer o nosso querido Alfried Plöger a aceitar a ideia de que os Gerentes e Diretores, pessoas físicas, pudessem se reunir em uma nova entidade formada por aqueles profissionais, e com os objetivos de aprimoramento profissional na área de RI? Houve um insight pelos colegas componentes daquelas Comissões, que foi por meio de uma "ação diplomática" convidar o presidente Alfried Plöger para ser o sponsor (‘padrinho’) da fundação, o qual, imediatamente aceitou”.
Na nova entidade (IBRI), nascida em 1997, diversos profissionais passaram a ter cargos administrativos, como foi o caso de Almir Mota, que na época era representante do Departamento de Acionistas da Klabin S/A. Foram definidos os seguintes cargos: “Conselheiros representando 2/3 dos membros: 1 - Carlos Gilberto Gonçalves Caetano (BB) (Presidente do Conselho), 2 - Luis Paulo Soares (Itaú) (Presidente da Diretoria Executiva), 3 - Anastácio Ubaldino Fernandes Filho (Bradesco), 4 – Arleu Aloisio Anhalt (Sadia), 5 - Carmen Kanter (Souza Cruz), 6 - Doris Wilhelm (Gerdau), 7- Paulo Bento Siqueira, 8 - Paulo Roberto Pasian, 9 - Roberto Nishio, 10 - Sérgio Schreiner (Gerdau), e demais convidados e representantes da BOVESPA. Formada a mesa principal, os trabalhos foram presididos pelo Sr. Carlos Gilberto Gonçalves Caetano, e secretariados por mim, Almir da Silva Mota, secretário ad hoc indicado. E com o prestígio de Alfried Plöger, de boa memória”.
Na Assembleia também foram tomadas diversas decisões que consolidaram a existência do IBRI e concluídos os entendimentos para que a IMF Editora fosse responsável por 12 meses pela publicação da newsletter do Instituto.
Nesse sentido, José Sálvio Moraesrelembra algumas das motivações e objetivos do IBRI: “Há 25 anos tive a honra de participar da fundação do IBRI junto com outros profissionais de RI. Foi a concretização do desejo de se criar uma organização, cujos principais objetivos eram contribuir para o desenvolvimento da atividade de Relações com Investidores, que se tornava cada vez mais demandada pelos investidores e, portanto, relevante nas empresas; aprimorar a capacitação dos RI’s que já exerciam a função e desenvolver novos profissionais que se interessavam pela carreira”.
Na mesma perspectiva, Anastácio Ubaldino Fernandes Filho, membro do Conselho de Administração do IBRI e um dos fundadores do IBRI, ressalta que o objetivo da criação do IBRI era proporcionar o desenvolvimento dos profissionais de RI e participar de maneira efetiva no fortalecimento do Mercado de Capitais. Segundo Anastácio Fernandes Filho, “ao completar 25 anos de sua criação, o IBRI vem cumprindo um relevante papel, tanto na profissionalização dos RI’s quanto no desenvolvimento do Mercado de Capitais do Brasil”.
Edina Biava, uma das fundadoras do IBRI e representante do Instituto no Conselho de Vogais da FACPC (Fundação de Apoio ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis), ainda sobre o surgimento da entidade, destacou que “nosso objetivo na constituição do IBRI foi o desenvolvimento do Mercado de Capitais brasileiro e a preparação de profissionais para um movimento mais acelerado de ingresso de recursos externos no País, tanto por meio da entrada de investidores estrangeiros quanto via listagem de empresas brasileiras no mercado internacional. Essa demanda internacional gerou exigências de comunicação especializada, ampliando a necessidade de aperfeiçoamento dos profissionais e do aprimoramento da regulamentação e do disclosure do mercado brasileiro, incluindo a incorporação de boas práticas de Governança Corporativa”.
Levando em consideração os objetivos citados por alguns de seus fundadores, o IBRI gerou diversas contribuições para a área de Relações com Investidores. Anastácio Ubaldino Fernandes Filho destaca, por exemplo, que o Instituto “permitiu aos seus associados a oportunidade de discutir e aplicar as melhores práticas, com foco na inovação e transparência das informações aos investidores e ao mercado em geral”. Por sua vez, José Sálvio Ferreira Moraes enfatizou que sente orgulho dos objetivos alcançados pelo IBRI, uma vez que “hoje temos excelentes Relações com Investidores atuando em empresas de todos os segmentos, interagindo com profissionais de investimento de todo o mundo. Por meio de um projeto bem planejado e executado conseguimos fazer com que o IBRI tenha contribuído para que um dos principais objetivos de uma área de Relações com Investidores esteja em prática atualmente: gerar credibilidade no relacionamento das empresas com o Mercado de Capitais por meio do exercício do que há de melhor em Governança Corporativa”.
Além disso, alguns dos fundadores destacaram alguns fatos marcantes nesses 25 anos de história do Instituto. Anastácio Ubaldino Fernandes Filho relembrou um episódio ocorrido logo no início das atividades, que marcou sua carreira: “gostaria de citar o processo de privatização da Vale, que aconteceu também há 25 anos. Naquela época, eu era o Diretor de Relações com Investidores da companhia. Foi um trabalho pesado durante quase três anos de interface com a sociedade como um todo e especificamente com os consultores, compradores, sindicatos e governo. Aprendemos fazendo”.
Edina Biava mencionou que “o IBRI integrou o GT Interagentes, que foi responsável pela elaboração de documentos importantes para o Mercado de Capitais como o Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias Abertas. Além disso, o GT (Grupo de Trabalho) foi, também, responsável pelo Guia Educativo de Combate ao Insider Trading. A Comissão Técnica do IBRI também é responsável por analisar e opinar sobre mudanças regulatórias propostas ao Mercado de Capitais”. Por fim, José Sálvio Moraes priorizou fatos mais recentes ao mencionar que “nos últimos dois anos o IBRI evoluiu muito a sua atuação, o que possibilitou o aumento da associação de um grande número de profissionais que passaram a ter o Instituto como um efetivo parceiro em suas atividades de relacionamento com os investidores”.
A importância do Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética do IBRI
O Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética do IBRI é composto por ex-presidentes do Conselho de Administração e mais três membros com notória capacidade técnica e ilibada reputação, escolhidos pelo próprio Comitê. De acordo com Alfredo Setubal, membro do Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética do IBRI, essa composição “confere experiência, relacionamentos e conhecimento sobre o Instituto”.
Além de ser composta por profissionais qualificados, José Luiz Acar Pedro, membro do Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética do IBRI, destaca que uma das inquietações para a criação do Comitê foi a proposta de solidificar e aprimorar os conceitos de atuação da área de Relações com Investidores das Companhias e seus profissionais, servindo como um guardião das boas práticas, valorizando e aperfeiçoando a comunidade de profissionais de Relações com Investidores”.
Os membros do Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética também destacaram alguns fatos marcantes no período em que ocuparam o cargo de presidente do IBRI, em um momento em que o Instituto estava em estágio inicial de atividades, passando por uma estruturação para se consolidar como referência na área de Relações com Investidores.
Nesse sentido, Alfredo Setubal ressalta que “no biênio 2002/2003 a atividade de Relações com Investidores estava iniciando sua trajetória, sendo que o IBRI teve um papel fundamental na contribuição do fortalecimento dessa atividade. Um exemplo curioso e ilustrativo é a criação da Comissão Internacional no Instituto buscando promover eventos e contatos dos Relações com Investidores com a comunidade investidora mundial. Atualmente, isso é usual, mas não era comum em 2003. Existiam várias empresas que não tinham contato com o mercado externo e eram companhias relevantes em nosso país. Além disso, realizamos muitos eventos didáticos e instrutivos sobre regulamentação nacional e internacional do Mercado de Capitais, que foram sucesso de público na época, devido ao momento de nascimento de uma nova profissão. Foi muito gratificante ter participado desse período no Instituto”.
Por sua vez, José Luiz Acar Pedro menciona que “na época, o desafio maior foi consolidar o trabalho que vinha sendo realizado na gestão anterior de forma a conseguir o engajamento dos profissionais de RI e o incremento de uma boa Governança da entidade”.
Já Luiz Fernando Rolla, membro do Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética do IBRI, destacou outros pontos relevantes ocorridos durante a sua gestão como presidente do Conselho de Administração do IBRI, caso, por exemplo, da contínua busca pela sustentabilidade financeira, a participação em Comissões e o intercâmbio com o NIRI (National Investor Relations Institute). Segundo Luiz Fernando Rolla: “A minha visão na época em que fui presidente do Conselho de Administração do IBRI era a de postular alguns temas que eram bastante relevantes. Pegamos a estrutura do IBRI já bastante organizada; a gestão anterior, principalmente o Geraldo Soares tinha dado uma contribuição efetiva na organização e na viabilização econômica do Instituto. O que nós empreendemos na época foi dar melhores condições de se manter aquela visão que havia sido desenvolvida pelos Conselhos anteriores, que era de dar sustentabilidade financeira por meio de atração de novos apoiadores, inclusive os patrocinadores. Focamos em empresas que tinham o intuito de desenvolver Relações com Investidores. Esta foi a primeira grande preocupação que tivemos e nossa gestão não teve dificuldades financeiras. Outro ponto bastante relevante foi a questão das Comissões, ou seja, já com os novos diretores e Conselheiros buscamos selecionar as pessoas que tinham foco no conhecimento e nas práticas de Relações com Investidores. Buscamos isso junto às empresas para trazer as pessoas que lideraram o processo de Relações com Investidores nas empresas e promoviam as discussões aprofundadas sobre as práticas que estavam sendo discutidas na época. O intercâmbio que fizemos com o NIRI foi bastante relevante e isso nos trouxe, inclusive, alguns indicadores que orientaram as discussões nas Comissões. Esse foi um ponto bastante positivo e que teve reflexo também no nosso Encontro de RI que teve a presença do representante do NIRI. Isso fez com que houvesse um intercâmbio muito grande com a experiência americana e também trouxe uma nova visão mais amadurecida das práticas de RI para os nossos associados”.
Com relação às atribuições atuais do Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética do IBRI, Luiz Fernando Rolla indica que estão alinhadas “com a nova visão de Relações com Investidores, que tem muito a ver com a visão ESG, ou seja, ter um pouco mais de transparência, de foco nas questões de compliance, de conformidade com o mercado como um todo e isso, naturalmente, vai trazer muito benefício, pois estamos em tempo de mudanças e necessitamos de reflexões que possam ser discutidas no âmbito do Comitê”.
Fatos marcantes do Conselho de Administração do IBRI
O Conselho de Administração é o órgão administrativo máximo do IBRI, sendo composto por 12 Conselheiros, todos eleitos diretamente pela Assembleia Geral Ordinária e atuantes no campo de Relações com Investidores. O Conselho tem como uma de suas funções principais fixar as diretrizes gerais do Instituto, orientando e supervisionando suas atividades.
Nessa perspectiva, Geraldo Soares, presidente do Conselho de Administração, enfatiza que “o IBRI sempre se caracterizou por ter uma estratégia de parceria. Convênios com entidades e reguladores são importantes e alavancam o propósito do Instituto. Há décadas temos convênio com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), sendo fóruns fundamentais para abordarmos e alavancarmos o desenvolvimento da profissão no país. Há outras parcerias com entidades de classe que ajudam a complementar os objetivos presentes em nossa missão, tais como ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas), ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital), AMEC (Associação de Investidores no Mercado de Capitais) e APIMEC (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais). Todas essas parcerias trazem grande benefício aos associados, agregando valor a todos os envolvidos”.
Renata Oliva Battiferro, vice-presidente do Conselho de Administração do IBRI, por sua vez, destaca a busca do Instituto por revisar e atualizar as práticas dos profissionais de RI, “permitindo a troca de experiências entre os executivos, a participação nas atividades promovidas pelas entidades representativas do mercado e, principalmente, nos eventos que buscam promover o constante aprimoramento e atualização do trabalho em Relações com Investidores. Com 19 anos de atuação na área de RI, presenciei o fortalecimento institucional do mercado, fundamentado na dispersão da base de acionistas, na adoção dos princípios de sustentabilidade empresarial e das melhores práticas de governança corporativa pelas empresas. Importante dizer que ao longo da minha trajetória profissional, o IBRI vem contribuindo para consolidar e aprimorar o meu trabalho como intermediária entre a companhia e o mercado, de acordo com princípios éticos de conduta e conforme com as melhores práticas do mercado”.
Ainda com a linha de evolução proporcionada pelo Instituto, segundo Rodrigo Luz, membro do Conselho de Administração do IBRI, uma prova da importância da entidade ocorreu em seu início de carreira, em 2008, quando migrou da área contábil para a de Relações com Investidores. O suporte oferecido na época pelo Instituto foi fundamental para o seu crescimento pessoal e profissional: “Agora, dentro do IBRI, estou tendo a oportunidade de retribuir um pouco e ajudar o Instituto a cumprir sua missão. Passei pela Comissão de Desenvolvimento Profissional, atuei como diretor da regional São Paulo, diretor-presidente e agora como membro do Conselho de Administração. Vale ressaltar que o Conselho está colocando, ano a ano, um tijolinho nessa construção e essas ações fazem com que o IBRI ganhe mais notoriedade, relevância e contribuição no Mercado de Capitais e no meio acadêmico, exercendo um papel fundamental no campo social, que é o da formação do profissional de RI. Neste período, tive o privilégio de trabalhar com inúmeros colegas, e se o IBRI tem a grandeza que tem hoje é graças a estes tijolinhos que foram sendo colocados ao longo de sua história, de diferentes gestões que conduziram brilhantemente o Instituto. Eu tenho grande orgulho de fazer parte desta história”, afirma Luz.
Ainda ressaltando a construção histórica do Instituto e decisões mais importantes do Conselho de Administração, Geraldo Soares evidencia que “o Conselho historicamente se caracterizou pela qualidade profissional de seus membros, por ricas e profícuas abordagens e discussões sobre a profissão de RI no Brasil. Sempre foi um local de grande aprendizado para todos os Conselheiros. O órgão foi e é assaz atuante, e contribuiu muito para trazer à tona discussões importantes e em ebulição. Temas usuais atualmente como Governança Corporativa e Sustentabilidade foram apresentados pelo IBRI, via Conselho, à comunidade de RI bem antes de serem conhecidos. Isso reflete a composição de ótimos profissionais de RI no Conselho do Instituto, que antecipam demandas e temas em construção”.
Nesse sentido, Guilherme Setubal, vice-presidente do Conselho de Administração, salienta que um fato marcante na história recente do Instituto foi a virada financeira do IBRI dos últimos anos. Segundo Setubal, “saímos de um cenário de déficit anual para equilíbrio das contas graças a um grande trabalho do Luiz Cardoso, superintendente do IBRI, e do time executivo, com aumento das receitas com novos associados (pessoa física e jurídica), além de novos eventos”.
Por fim, além de alcançar um equilíbrio das contas, outra decisão importante do Conselho de Administração do IBRI foi destacada por Renata Oliva Battiferro: o uso de uma comunicação mais moderna, ampla e ágil por parte do Instituto: “Sabemos que a comunicação é um dos pontos fortes da atividade exercida pelo profissional de Relações com Investidores. Ao longo dos anos como associada, noto o aprimoramento da comunicação do Instituto junto ao seu público, reflexo das decisões que estão sendo tomadas pelo Conselho de Administração. Por meio de uma comunicação mais ampla, moderna e ágil, inclusive por meio de novos recursos tecnológicos, o Instituto vem permitindo criar valor para os seus associados e fortalecer a função do profissional dentro da área de Relações com Investidores”, conclui Renata Battiferro.
Desafios e perspectivas da atual gestão do IBRI
Nos últimos anos, com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a entrada de novos investidores pessoas físicas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e avanços tecnológicos cada vez mais frequentes, os desafios na área de Relações com Investidores se intensificaram. Antes de destacar essas questões, Rodrigo Maia, atualdiretor-presidente do IBRI, fez questão de ressaltar o importante papel desempenhado ao longo dos últimos 25 anos por todos os profissionais e gestores do Instituto.
De acordo com Rodrigo Maia, “o IBRI foi o grande responsável por escalar a profissão de Relações com Investidores em patamares alinhados com os principais executivos. Notei, nos meus 18 anos de profissão, que os profissionais passaram de tarefas burocráticas como acompanhar o pagamento de dividendos no chamado Departamento de Acionistas para se tornarem executivos estratégicos na Administração. Passaram a ter a missão de alinhar a estratégia da Companhia aos anseios do Mercado de Capitais. Nesses 25 anos, o IBRI educou inúmeros profissionais, criando, inclusive, cursos de MBA; oficializou a profissão junto ao governo brasileiro; e mais importante, se tornou o principal núcleo de conhecimento e centro de referência para os profissionais de Relações com Investidores no Brasil. Vamos juntos!”.
No que diz respeito aos desafios enfrentados atualmente, Rodrigo Maia enfatiza a questão tecnológica, uma grande oportunidade para deixar ainda mais dinâmica a área de Relações com Investidores: “Neste marco do Instituto, que completa 25 anos, o desafio é entender a linguagem do novo profissional de Relações com Investidores, antenado com o mindset digital. Esse mindset significa uma mudança cultural advinda da inovação gerada pelas grandes empresas techs globais. É preciso combinar a essência dos 25 anos de experiência do IBRI com a agilidade do metaverso, do mundo híbrido, do blockchain e outras tecnologias e tendências como data science. Esse profissional de RI da nova década deve ser preparado pelo IBRI, com competências digitais e multifuncionais. Essas competências serão alavancadas por meio de cursos e eventos que o IBRI atualizará de forma dinâmica e pulsante. Vamos juntos nessa jornada, de muita vibração e conhecimento. O profissional de RI deve espelhar os anseios dos investidores e a visão da administração da companhia aberta que representa. O RI da nova década é digital, ESG driven e estratégico”, conclui Rodrigo Maia.
Destaques e conquistas na visão da Superintendência e de profissionais que fazem parte do IBRI há mais de uma década
Ao longo dos 25 anos, diversos profissionais de diferentes departamentos acompanharam fatos marcantes da história do Instituto. A presença de profissionais e gestores com experiência no Instituto, assim como a de ex-presidentes do Conselho no Comitê Superior de Nominação e Ética, em conjunto com novos quadros que são incorporados periodicamente são a chave do sucesso do IBRI, segundo Luiz Cardoso, superintendente do IBRI.
A participação ativa de ex-presidentes e outros profissionais com muito tempo de casa, por exemplo, facilita o entendimento de assuntos, resgata o histórico de atuação e permite que as atividades sejam realizadas de forma muito mais objetiva, o que possibilita um foco maior no direcionamento de estratégias do Instituto. Além disso, a renovação, seja do Estatuto, do Conselho, da Diretoria ou de estagiários sempre ajudam a trazer novas ideias e manter o IBRI alinhado às novas práticas do mercado.
Segundo o superintendente, o Instituto se caracteriza por uma estrutura interna enxuta e coesa, mas que sempre conta com a colaboração externa dos profissionais de RI. Luiz Cardoso ressalta que o entrosamento entre estrutura administrativa interna e a forte integração com os profissionais de Relações com Investidores são os responsáveis pelos bons resultados alcançados ao longo dos anos, tanto em períodos de crise no Mercado de Capitais como em momentos mais prósperos da economia.
Luiz Cardoso ressalta que mesmo sendo um dos Institutos mais novos, com 25 anos, o IBRI conquistou o reconhecimento de outras entidades e públicos, demonstrando sua efetiva contribuição dentro do Mercado de Capitais brasileiro. Então, apesar de jovem perto de outras entidades, o Instituto conseguiu criar o espaço que o profissional e a área de Relações com Investidores têm no cenário de Mercado de Capitais do Brasil. E essa conquista é traduzida pela procura da Imprensa, de outras entidades, de profissionais de outras áreas e até de pessoas de outros países. É uma conquista enorme para o Instituto ser reconhecido como representante de profissionais de uma área tão importante dentro dos agentes que formam o Mercado de Capitais.
Outra conquista é a evolução do profissional de RI, em termos de formação, de destaque dentro do mercado e de reconhecimento dentro das empresas. “O IBRI contribuiu muito para essa evolução”, afirma. De acordo com Luiz Cardoso, “o RI, que no meu tempo na Villares, tinha uma função quase burocrática, passou para uma função estratégica dentro das empresas nos dias de hoje. Então, foi uma projeção muito grande para os profissionais. Todos os cursos, atualizações, parcerias, reportagens, entrevistas, entre outras atividades contribuíram para que os profissionais de RI ganhassem cada vez mais importância e reconhecimento. O IBRI teve papel preponderante na projeção e destaque desse profissional, uma grande conquista para o Instituto e para a área”.
Além das conquistas, Luiz Cardoso relembrou diversos fatos marcantes que presenciou no IBRI. Os destaques ficam por conta de: convênios de cooperação técnica com CVM (Comissão de Valores Mobiliários), B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital), AMEC (Associação de Investidores no Mercado de Capitais) e APIMEC (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), e instituições de ensino como FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) e FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), entre outras entidades, que foram fundamentais para o Instituto ter uma aproximação com o mercado. Ressaltou iniciativas, também, como o censo feito em conjunto com a CVM, essencial para traçar o perfil e as demandas de Relações com Investidores; a participação do IBRI no Comitê Consultivo de Educação da CVM, que resultou em parcerias com universidades e importante contribuição para a formação de profissionais de RI; o reconhecimento da profissão de Relações com Investidores pelo Ministério do Trabalho; o início do Encontro Internacional de RI, que já está na 23ª edição e se tornou uma referência como o maior evento de Relações com Investidores da América Latina, sempre contando com uma lista de palestrantes de primeira linha, como ministros e presidentes da CVM. A divulgação de pesquisas em parceria com a Deloitte no Encontro Internacional caracteriza-se por outro momento marcante. E a Comunicação desenvolvida ao longo dos anos com o IBRI Notícias na Revista RI, a newsletter IBRI News, interação com a imprensa e redes sociais também são fatos a serem destacados, uma vez que ajudaram e continuam contribuindo para fortalecer a reputação do Instituto, concluiu Luiz Cardoso.
É justamente na citada área de Comunicação que outros dois profissionais que atuam junto ao Instituto em mais de uma década relatam suas experiências. São eles: Rodney Vergili, diretor da Digital Assessoria, agência responsável pelo atendimento à Imprensa e Comunicação do IBRI; e Jennifer Almeida, também da Digital Assessoria.
A Assessoria de Comunicação é responsável por manter a interlocução com públicos estratégicos do Instituto, disponibilizando conteúdo e intermediando entrevistas com os executivos do IBRI, além da redação de textos para a imprensa e cobertura de eventos presenciais e on-line.
Rodney Vergili afirma que é um privilégio coordenar a Assessoria de Comunicação e Imprensa do IBRI há mais de duas décadas. No período, realizou palestras sobre Comunicação Financeira e sobre a importância dos profissionais de Relações com Investidores no Mercado de Capitais em cursos na APIMEC (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), além de ter participado como autor e coautor de vários livros. Destacou o trabalho de Assessoria de Imprensa e Comunicação para o maior Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais da América Latina. E enfatizou a importância de participar de iniciativas de educação financeira no Brasil como representante do IBRI no Comitê Consultivo de Educação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) desde janeiro de 2006. O Comitê Consultivo de Educação é responsável por iniciativas de atualização de informações sobre o Mercado de Capitais para professores universitários, como o TOP de Treinamento de Professores e Prêmio Imprensa. Vergili destaca, também, sua atuação como representante do IBRI no apoio ao Prêmio “+Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças”, promovido pela publicação “Jornalistas & Cia”. Além disso, ressalta que foi responsável pela Assessoria de Comunicação e Imprensa do CODIM (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado) durante toda a existência da entidade, que reuniu relevantes instituições do Mercado de Capitais, de abril de 2005 a outubro de 2020. “É uma honra participar na divulgação das atividades do IBRI na missão de valorizar e aperfeiçoar os profissionais de Relações com Investidores”, conclui Vergili.
Por sua vez, Jennifer Almeida destaca que “o IBRI surgiu na minha vida em abril de 2007 quando passei a integrar o time de jornalistas da Digital Assessoria. Ainda no início de carreira, tive a oportunidade de conhecer no dia a dia de umas das profissões mais promissoras, além de agregar conhecimento tanto na área de Comunicação quanto de Relações com Investidores e Mercado de Capitais. Na época participei, pela primeira vez, da cobertura do Encontro Nacional de RI e Mercado de Capitais, que estava em sua 8ª edição. Desde então, participei de muitos projetos, como as edições do Brazil Day (fórum para investidores estrangeiros) em Nova York, em 2008 e 2010. Ao longo desses 15 anos, acompanhei de perto e, com grande satisfação, o crescimento da importância estratégica do profissional de RI e o trabalho do IBRI para que tal fato se concretizasse”.
Perspectivas para o futuro
Observar os erros e acertos do passado costumam dar bons indícios do que deve ser realizado no momento atual e traçar perspectivas para o futuro. Após acompanhar a trajetória histórica do IBRI, pretendemos apresentar mais algumas características do que tem sido semeado atualmente com o intuito de colher bons resultados nos próximos anos.
No que diz respeito ao cenário atual, Aline Campos, coordenadora da Comissão Técnica do IBRI, afirma que “o grande diferencial do IBRI é o fato de ser um Instituto formado por profissionais de RI e que trabalha para esses mesmos profissionais. Ou seja, o IBRI sabe quais são as dificuldades do nosso dia a dia e por isso consegue propor soluções que atendam a nossas necessidades”.
Nessa mesma linha de raciocínio, Natasha Utescher, diretora vice-presidente do IBRI, indica que “o Instituto é um ponto de encontro dos melhores profissionais de RI do mercado, por meio dele posso garantir que estou mais próxima das melhores práticas e tendências, podendo me espelhar nos profissionais de referência do setor. Além disso, o Instituto representa os profissionais juntos aos reguladores, dando sugestões e garantindo os melhores entendimentos”.
Essa integração entre profissionais também é destacada por Emerson Drigo, sócio do VDV Advogados, que ressalta atividades desenvolvidas nos dias de hoje com potencial para gerar boas práticas de Relações com Investidores no Brasil por muitos anos. Segundo Emerson Drigo, “participo do IBRI já há quase vinte de seus vinte e cinco anos. Tive a oportunidade de há longo tempo participar ativamente de sua Comissão Técnica, além de poder representá-lo em interações com o Regulador, outras Associações e agentes do Mercado de Capitais, tenho a certeza de que o Instituto está evoluindo e se aprimorando a cada dia. Vem também, como não poderia deixar de ser, contribuindo para o aprimoramento contínuo dos Profissionais de RI, em especial daqueles que são associados e participam de debates e iniciativas diversas do IBRI”. Drigo complementa que “iniciativas como a promoção de debates relevantes em suas Comissões Técnica e ESG, a constante interação com a CVM e outros agentes do Mercado, o fechamento de parcerias com outras Associações, como a AMEC, e o constante monitoramento e divulgação das alterações e da evolução do Mercado, tudo pavimenta uma estrada ampla para o desenvolvimento da Profissão de RI e a adaptação dessa carreira às novas modalidades de investimento que surgem a cada dia, dentre as quais se pode hoje destacar os investimentos em criptoativos e os investimentos com maior foco ESG, bem como transformação de nosso Mercado de Capitais, que inclui a cada vez mais comum internacionalização das companhias brasileiras. Espero, nesse contexto, poder continuar contribuindo ainda por muitos anos com o pleno desenvolvimento do IBRI e das boas práticas de Relações com Investidores no Brasil”.
No que tange ao aperfeiçoamento dos profissionais de Relações com Investidores visando ao fortalecimento da área para enfrentar os desafios do novo contexto enfrentado, Aline Campos constata que “nos últimos anos, observamos um aumento significativo no número de empresas e de investidores na Bolsa, e para atender todas as obrigações regulatórias e tocar o relacionamento com esses investidores precisamos de profissionais de RI. Acredito que o IBRI tenha um papel fundamental no desenvolvimento de novos profissionais e no aperfeiçoamento daqueles que já atuam no setor, principalmente por ser um elo que une esse público, permitindo a troca de conhecimento e informações fundamentais nesse processo de constante formação e atualização que a profissão exige”.
Por sua vez, Natasha Utescher enfatiza que “o IBRI busca cada vez mais diferenciar o profissional de RI, dando espaço e valorizando a profissão. Procuramos garantir ao profissional o reconhecimento frente a diferentes demandas no mercado, que envolvem técnicas financeiras e regulatórias, aliadas a um poder de oratória e convencimento. Criar um ambiente de desenvolvimento de profissionais faz parte de nossa essência, por isso buscamos juntos criar um ecossistema de suporte e instrução, juntando sempre a inovação com experiência”.
Para Aline Campos, a profissão de RI exige estudo e atualização praticamente diários, seja por uma nova resolução da CVM, mudança no questionário do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), uso cada vez maior das redes sociais por investidores e formadores de opinião, dentre outros diversos motivos. Para os profissionais de Relações com Investidores, é grande o desafio de atender a todas as demandas da companhia e, ao mesmo tempo, se especializar em todos os temas e assuntos que a profissão exige. Nesse sentido, “por meio do IBRI e de seus canais de comunicação, como os grupos em apps de mensagem, é possível acionar um colega de profissão mais experiente em determinado assunto ou até mesmo as Comissões Técnica e ESG e pedir ajuda ou simplesmente um bate-papo para se inteirar de determinado tema. Na minha opinião, essa porta sempre aberta para quem precisa de ajuda ou quer se atualizar é um dos principais valores do instituto”, afirma Aline Campos.
Além dessas oportunidades de interação entre profissionais, Natasha Utescher menciona que “o IBRI consegue juntar experiência com melhores práticas para garantir que este profissional, que está exposto às mais nobres discussões sobre os temas de mercado, esteja atualizado e preparado para lidar com os desafios. Em seus cursos, prepara os profissionais para lidarem com os desafios do dia a dia. Enquanto o Programa de Mentoring do IBRI prepara com base na experiência, novos profissionais a atuarem e se destacarem na profissão”. E complementa: “O futuro do RI é cada vez mais assumir uma posição de estratégia na Companhia, onde consiga gerenciar os interesses dos diversos stakeholders e da administração. O RI é o porta-voz das companhias, aquele que garante que a estratégia do administrador está de acordo com a visão de seus principais acionistas. O RI tem como função garantir a transparência no mercado e que a companhia está de acordo com as regulamentações”.
Ao sintetizar todo o respaldo dado pelo Instituto às melhores práticas do profissional de Relações com Investidores e como essas atividades podem contribuir para a formação de futuros profissionais de excelência, André Vasconcellos, diretor-adjunto da regional IBRI Rio de Janeiro e coordenador do Grupo de Trabalho do IBRI Relações com Investidores de Estatais afirma que: "O Mercado de Capitais brasileiro é, sem dúvida, dinâmico e complexo. Logo, o profissional de RI precisa, além de inegável foco nos resultados, antever necessariamente mudanças macroeconômicas e intraorganizacionais, tendo o IBRI como custodiante de melhores práticas e como celeiro de conhecimento técnico multidisciplinar, ambos tão críticos para o sucesso de um RI no século XXI. É fundamental que o RI continuamente aprimore o autogerenciamento e a capacidade de adaptação, desenvolva comunicação múltipla e inteligência emocional, assuma o compromisso com o seu aprimoramento acadêmico e profissional, assim como seja um eterno curioso sobre novas tecnologias e sobre o Direito societário brasileiro”.
André Vasconcellos complementa: “Quando idealizo o profissional de RI do futuro, lembro de cada uma das inúmeras conversas presenciais ou virtuais que tive com colegas de profissão e agora amigos para vida toda. Sem dúvida, ao lerem algumas características a seguir as quais são fundamentais para o sucesso na nossa carreira, eles irão se identificar ainda que parcialmente. Acredito que o RI do futuro, entre outras qualidades, deve ser: flexível, comunicativo, resiliente, criativo, intraempreendedor, proativo e visionário. O IBRI tem papel fundamental no estímulo ao pensamento crítico, na democratização do acesso à informação para o RI, assim como legitimidade para representar institucionalmente todos nós nos mais diversos fóruns públicos e privados, nacionais ou estrangeiros. Vida longa ao IBRI, guardião da excelência no exercício da profissão de RI!".
Homenagem aos que participaram da história do IBRI e nos deixaram
Por fim, mas não menos importante, nesta matéria especial de 25 anos, o IBRI agradece, também, as contribuições de profissionais que já faleceram, como Luis Paulo Soares, primeiro diretor-presidente do Instituto (05 de junho de 1997 a 31 de dezembro de 1999) e conselheiro Fiscal (01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011); e Ronaldo Augusto da Frota Nogueira, pai e sócio de Ronnie Nogueira, publisher e diretor editorial da Revista RI. Ronaldo Nogueira foi diretor de Comunicação do IBRI (05 de junho de 1997 a 31 de dezembro de 1999) e diretor da regional do IBRI Rio de Janeiro (01 de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2001).
Para concluir, apresentamos um relato de Ronnie Nogueira, resumindo a forte relação entre o IBRI e a Revista RI:
"Em 1994, a IMF Editora, que na época editava anualmente diretórios com informações sobre as Cias. Abertas brasileiras: Guia IMF Companhias Abertas (português) e Brazil Company Handbook (em inglês), tendo à frente meu pai Ronaldo Nogueira e eu (Ronnie Nogueira), promoveu - em São Paulo - o 1º. Seminário de Relações com Investidores no Brasil, convidando executivos de Relações com Investidores de empresas estrangeiras listadas na Bolsa de Nova York, com características semelhantes a Companhias Abertas brasileiras, com controle familiar e capital pouco pulverizado para participarem; além de conferencistas diversos e profissionais de Finanças e Comunicação para esclarecer melhor sobre a importância da atividade, até então pouco conhecida e praticada no Brasil”.
“Na ocasião, ao organizar todo o material coletado ao fim do seminário, de maneira casual, tomamos conhecimento de um livro trazido por Lou Thompson, então presidente do NIRI (National Investor Relations Institute) sobre Relações com Investidores. Era o livro do William F. Mahoney: Investor Relations: The Professional’s Guide to Financial Marketing and Communications. O pensamento de Mahoney “caiu como uma luva” no que se discutia no Brasil. Ronaldo Nogueira entrou, então, em contato com a editora adquiririndo os direitos autorais do livro, para traduzi-lo e publicá-lo no Brasil. “Neste momento, já começava a nascer a ideia de criar o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) que, na época, o nome seria ABRI (Associação Brasileira de Relações com Investidores), que chegou até ser registrado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).”
Em entrevista na época, Ronaldo Nogueira contava que a “semente” da ideia do hoje IBRI, nasceu junto com o seu filho Ronnie Nogueira em seu escritório, na sede da IMF Editora no Rio, onde juntos traduziram os “estatutos” do NIRI, adaptando-o para o Brasil – e, na sequência, selecionaram e enviaram carta para 30 empresas brasileiras explicando a proposta de criação do Instituto. O retorno foi imediato. A White Martins e, principalmente, o Banco do Brasil deram total apoio para a ideia, tendo sofrido uma pequena resistência por parte da ABRASCA, que tinha então a proposta de criar um departamento próprio de Relações com o Mercado, dentro da Associação. Ronaldo relembrava como foi: “Após eu e o Ronnie termos enviado a carta, o diretor financeiro do Banco do Brasil na época, Gilberto Caetano, ligou dando total apoio à iniciativa de se formar o Instituto, e marcou uma reunião. Patrocinaram o lançamento do livro do William F. Mahoney, houve um acordo com a ABRASCA e criou-se o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores)”.
Quando o IBRI foi fundado, em junho de 1997, foi realizado um seminário no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, sobre Relações com Investidores com a participação de William F. Mahoney. Nogueira convidou-o para passar o final de semana em Nogueira, Petrópolis, onde, na varanda de sua casa, discutiram a criação da Revista RI, que, inicialmente, seria no formato de newsletter, semelhante a publicação do NIRI, que na época era editada pelo próprio Mahoney. “Em março de 1998, foi lançado o primeiro número da Revista RI, já uma parceria do IBRI com a IMF Editora, tendo Mahoney como editor internacional. Hoje, já são mais de 24 anos de publicações mensais ininterruptas da Revista RI, e estreita parceria com o IBRI, desde então, na divulgação das atividades do Instituto, em seção própria na Revista, intitulada IBRI Notícias”, conclui Ronnie Nogueira.