Opinião

DESAFIOS PARA AS LIDERANÇAS EM 2024 E A IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE

Em estudo recentemente divulgado, a consultoria McKinsey & Company apresentou os principais desafios que as lideranças e os CEOs enfrentarão no curto prazo, neste ano de 2024. Diversas questões relacionadas a gestão de lideranças, tendências macroeconômicas, transição energética, contratempos geopolíticos, concorrência/vantagem competitiva e inovação tecnológica (IA generativa) não podem estar distantes da pauta.

Além destes aspectos, temos questões fundamentais relacionadas à sustentabilidade, como por exemplo:

a) regulação do mercado de carbono;

b) Blended Finance (que prestigie financiamento de projetos sustentáveis);

c) ampliação da diversidade e inclusão, (com impacto social e a governança ética);

d) transição energética justa, igualitária e perene;

e) inserção do hidrogênio verde (fixação de marco regulatório e superação de questões relacionadas ao armazenamento e transporte).

Dentro desta temática, não podemos esquecer que nos próximos anos o Brasil será protagonista de grandes eventos internacionais que trarão para o centro do debate potências mundiais na discussão sobre meio ambiente, transição energética e assuntos relacionados ao clima planetário.

Já neste ano de 2024, o Rio de Janeiro sediará a reunião do G-20 (vinte maiores economias do mundo, neste evento sob a liderança do Brasil), tornando-se o centro do mundo nas discussões técnicas sobre financiamento da ação climática, combate à fome, pobreza e desigualdade, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global.

Na presidência do G20 o Brasil planeja 127 reuniões de trabalho e cúpulas em 2024, cujo lema da gestão é "Construindo um mundo justo e um planeta sustentável". O ponto alto da presidência brasileira será a 19ª Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, em novembro de 2024.

Será oportunidade ímpar para evidenciar a vocação natural da Capital Fluminense nos assuntos relacionados a inovação, descarbonização, transição energética, sustentabilidade e consolidar o Rio como potência do desenvolvimento sustentável.

Já no próximo ano, em 2025, seremos anfitriões de outro evento multilateral de grande visibilidade. No coração da Amazônia, Belém do Pará, será a sede da COP 30 - Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas em 2025.

“Vamos discutir a importância da Amazônia dentro da Amazônia. A questão indígena vendo os indígenas. A questão dos povos ribeirinhos vendo os povos ribeirinhos e vendo como eles vivem." - Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

Será a vez da Amazônia e do Sul Global estar na liderança efetiva e concreta nas discussões climáticas.

A emergência climática exige que todos os países, nos dois anos que antecedem a COP 30, redobrem seus esforços para implementar as contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) já comprometidas, sendo um marco fundamental para revisar e atualizar os compromissos dos países para manter o aumento da temperatura média global em 1,5ºC até 2050.

E o papel das lideranças nesta equação é fundamental. Governos, sociedade civil e empresas devem estar conectadas em suas ações e em seus propósitos, de forma legitima, para, com base na inteligência, promover uma verdadeira reflexão, pois a construção de um futuro mais sustentável exige mudanças inadiáveis em nosso jeito de produzir, consumir e viver.

Fabrini Muniz Galo
é Advogado. Professor de Educação Executiva. Conselheiro CCA IBGC. Mentor de Startups. Investidor de Cia Aberta. Investidor Anjo.
fabrinigalo@yahoo.com.br


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