As mídias sociais chegaram para ficar! As empresas não podem simplesmente ignorá-las; muito menos as áreas de Relações com Investidores, que têm o papel de guardiãs de uma governança efetiva. Na maioria das empresas, a área comercial foi a primeira a embarcar no movimento das mídias sociais, animada com essa oportunidade de ouro que é a conexão direta com os clientes. Logo atrás correu a área de Relações Públicas, antevendo de longe como o público poderia dar mais cor às narrativas corporativas e respaldo aos esforços de responsabilidade social. Está na hora da área de Relações com Investidores abraçar essa idéia.
Afinal, por que as mídias sociais fazem sentido como estratégia de RI? É só dar uma espiada nos públicos que uma equipe de RI se esforça para envolver no seu dia a dia: investidores, analistas, pesquisadores, imprensa, reguladores e outros stakeholders. Todos eles já estão há tempos falando a linguagem on-line. Pelas mídias sociais eles conferem a presença - e o desempenho - das companhias, avaliam suas estratégias, observam como as empresas conversam com seus públicos, e checam se a coleta de informações vem de fontes confiáveis ou de outras nem tanto. Pelas mídias sociais eles se comunicam diretamente, compartilham opiniões sobre suas marcas e seus valores, apontam virtudes e enxergam vulnerabilidades.
Vivemos em um ambiente que muda, e muda muito rápido. A grande qualidade de uma empresa, hoje, é aprender sempre a encontrar soluções rápidas e criativas. Uma vez que a área de RI tem a responsabilidade de zelar pela governança, analisar os riscos e recompensas da atuação da sua empresa nas mídias sociais ajuda no controle da situação. Acontece que para atuar bem nas mídias sociais, a área de RI precisa acumular uma diversidade de conhecimentos e, assim, corresponder às expectativas da sua diretoria e do seu conselho de administração.
O primeiro desafio é acumular subsídios para gerenciar muito bem a reputação da companhia e dos seus funcionários - já que na web a fronteira entre vida profissional e vida pessoal dos executivos e colaboradores está cada vez mais estreita. O risco é grande. Uma pesquisa patrocinada por uma importante firma de auditoria junto à funcionários de empresas de capital aberto mostrou que o uso das redes sociais é um dos meios mais fáceis para o colaborador mal intencionado prejudicar a imagem do seu empregador.