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“Os processos de compliance são ferramentas indispensáveis para o aperfeiçoamento das companhias e estão em linha com as melhores práticas de Governança Corporativa, contribuindo para o desenvolvimento de um ambiente corporativo sustentável”, destaca Guilherme Setubal, diretor-presidente do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) ao falar sobre a criação da Comissão de Compliance e Governança Corporativa do Instituto. O lançamento da Comissão ocorreu, em evento no dia 27 de julho de 2018, na sede do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), em São Paulo.
Na ocasião, participaram do evento: Renata Oliva Battiferro, vice-presidente do IBRI; Odair Oregoshi, subcoordenador da Comissão de Compliance e Governança do IBRI; Renata Bertele, sócia-diretora da KPMG; Lucio Anacleto, sócio da KPMG; e Luciana Bacci, coordenadora da Comissão de Gerenciamento de Riscos Corporativos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). “O objetivo da Comissão é disseminar as melhores práticas de compliance, ou seja, agir em conformidade com leis e regulamentos internos/externos”, explicou Renata Oliva Battiferro.
Lucio Anacleto, sócio da KPMG, destacou a importância de se “discutir riscos tecnológicos e outros ligados a questões de Governança e Compliance”.
Para Renata Oliva, os mecanismos adequados de Governança Corporativa e Compliance estão inexoravelmente ligados e contribuem para criar valor para as companhias e um ambiente institucional mais justo. “Incentivo o engajamento com a nova iniciativa do IBRI”, enfatizou Odair Oregoshi, subcoordenador da Comissão de Compliance e Governança do Instituto. Ele ressaltou que a busca pela transparência na divulgação de informações pelas empresas e o amadurecimento nas exigências por parte dos investidores são pilares fundamentais para desenvolvimento ético e saudável do mercado de capitais brasileiro.
A difusão de casos práticos das áreas de Gerenciamento de Riscos, Governança Corporativa, Controles Internos e Compliance entre os profissionais e a comunidade de RI será um dos trabalhos da Comissão, que vai compartilhar experiências e conhecimentos técnicos. “Vamos intensificar a participação no debate de temas ligados à área de Relações com Investidores junto a instituições do mercado de capitais, autoridades reguladoras, legisladores e entidades do poder público”, adiantou Oregoshi.
Ele observou que a Comissão de Compliance e Governança do IBRI deve trocar conhecimento entre os participantes e disseminar ferramentas digitais que possam aprimorar a atividade de Gerenciamento de Riscos, Governança Corporativa, Controles Internos e Compliance. “O objetivo é discutir soluções práticas e alternativas dentro das restrições orçamentárias das empresas”, concluiu.
Rodrigo Maia é o coordenador da Comissão de Compliance e Governança do IBRI. Os representantes da Comissão irão propor temas de debate e também estabelecerão diálogo com outras entidades do mercado de capitais.
Estudo “Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil”
“A gestão de riscos precisa fazer parte de uma agenda executiva global, pois as organizações têm enfrentado desafios cada vez mais complexos relacionados a inovações, concorrência, mudanças geopolíticas e tecnologias disruptivas”, destacou Renata Bertele, sócia-diretora da KPMG. Ela apresentou no evento os resultados da pesquisa “Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil”, que reuniu informações de mais de 200 organizações.
Renata Bertele enfatizou que quem não conseguir aperfeiçoar a abordagem de gestão de riscos em um ambiente em constante evolução colocará em dúvida o crescimento e a sustentabilidade da organização.
De acordo com os resultados, 56% das empresas apresentam maturidade de gestão de riscos abaixo da classificação intermediária (madura), sendo 29% no nível fraco e 27% no sustentável. Ainda segundo o estudo, 40% delas estão no nível maduro, 2% no integrado e apenas 2% no avançado.
Dentre os principais riscos elencados pelos entrevistados, destaque para: regulatórios (63%), operacionais (60%), de tecnologia da informação (34%), associados à execução da estratégia de negócios (31%) e as condições econômicas e de mercado (30%).
A respeito dos principais influenciadores para a implementação da gestão de riscos, os entrevistados apontaram a melhoria na implantação das práticas de Governança Corporativa e visibilidade interna e para o mercado (70%), o desejo de reduzir a exposição ao risco em toda empresa (70%), a motivação para melhorar o desempenho corporativo (37%) e a necessidade de evitar escândalos éticos e de reputação (37%).
“Muitas vezes, os obstáculos crescem mais rápido que a habilidade das empresas responderem a eles. O ambiente complexo do mercado requer uma capacidade ainda mais forte das empresas dominarem e otimizarem o processo de gestão de riscos”, observou Renata Bertele.
“Essa iniciativa será muito importante para compartilhar as experiências que as empresas empregam na implementação da gestão de risco, casos de sucesso que deram certo, o que pode ou não fazer”, finalizou Luciana Bacci do IBGC.
Mais informações sobre a pesquisa “Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil”: http://www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/novidades/4034_br-pesquisa-maturidade-de-riscos-2018.pdf