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“Lá vem o samba enredo corporativo, aí gente!”Em tempos de IA dominando processos, gerações desfilando pensamentos e posicionamentos como estandartes das suas próprias escolas de samba, onde a pressão por resultados segue reinando como o grande mestre-sala do mercado, que pressiona pela Nota 10! Me diga aí, se tudo isso não poderia compor um samba-enredo corporativo digno de um desfile? Só que, aqui, os aplausos não vêm de arquibancadas, mas de gráficos de desempenho e relatórios trimestrais.
E quem conduz essa bateria de desafios? Os líderes, que precisam manter o ritmo equilibrando contratos psicológicos, expectativas multigeracionais e a busca contínua por resultados, que mais parece o ato final de um grande enredo carnavalesco. A boa notícia é que, por mais desafiadora que essa jornada pareça, há caminhos. Afinal, todo enredo bem-sucedido precisa de líderes que assumam o papel de destaques, liderando com visão, estratégia e uma pitada de ousadia. Vamos explorar esse desfile juntos?
O RETORNO AO PRESENCIAL: O AQUECIMENTO DO DESFILE
2025 começou com grandes empresas, como AT&T, Toyota, Goldman Sachs e JP Morgan, comunicando o retorno ao presencial, seguindo o modelo já adotado por outras gigantes em 2024, como DELL, IBM e Starbucks. Segundo um levantamento da Gartner, 50% das empresas globais estão revendo suas políticas de trabalho híbrido para fortalecer a colaboração e a produtividade. Mas o que o retorno ao presencial tem a ver com nosso artigo? É o pano de fundo do novo-velho enredo corporativo: produtividade e pressão por resultado.
CONTRATOS PSICOLÓGICOS NO RITMO DA MUDANÇA
Os contratos psicológicos refletem o lado invisível das relações corporativas — expectativas de confiança, suporte e reconhecimento. Em tempos de IA e trabalho híbrido, esses contratos estão sendo testados como nunca. E quem desfila melhor? Os que têm soft skills no tom e ritmo das mudanças, conectados aos conceitos de upskilling e reskilling.
O MODELO HÍBRIDO E A PERDA DO NÃO VERBAL
No auge da pandemia, o home office chegou a ser celebrado como o futuro do trabalho. Cinco anos depois, o cenário é outro. Anúncios como o da Amazon comunicando a volta ao modelo 100% presencial justificam a mudança com a necessidade de maior colaboração e conexão. Essa reversão evidencia que o modelo híbrido, embora prático, pode enfraquecer os laços invisíveis que sustentam os contratos psicológicos, exigindo das lideranças maior habilidade em manter o engajamento à distância.
AI, ABRACE O NOVO INTEGRANTE DESTE ENREDO!
O impacto da Inteligência Artificial no mercado de trabalho vai muito além da automação de processos. Enquanto algumas empresas celebram os ganhos em eficiência e redução de custos, os colaboradores enfrentam incertezas sobre seu papel em um futuro dominado pela tecnologia. Segundo um estudo da McKinsey, 45% das atividades humanas poderiam ser automatizadas com tecnologias disponíveis atualmente, criando um ambiente onde a adaptação se torna a principal competência. É como se, no grande desfile corporativo, alguns ritmistas estivessem inseguros sobre manter sua posição na bateria, temendo serem substituídos por instrumentos automatizados. Imagine o nível de desarmonia, além do impacto direto nos resultados.
CONFLITOS GERACIONAIS: O SAMBA DO ENCONTRO DE GERAÇÕES
Quesito Harmonia: Com até quatro gerações convivendo no mesmo espaço corporativo, os conflitos intergeracionais têm se tornado uma realidade para muitas organizações. Segundo um relatório da Great Place to Work, 60% dos profissionais acreditam que as diferenças geracionais impactam a harmonia no local de trabalho. Um bom exemplo para reduzir esses impactos é a Natura, que implementou programas de mentoria cruzada entre Baby Boomers e Geração Z, promovendo a troca de experiências entre colaboradores seniores e juniores. Essa estratégia fortalece os contratos psicológicos ao valorizar a contribuição de todas as faixas etárias, conferindo boas notas no quesito harmonia.
Evolução na Gestão de Conflitos: Por outro lado, organizações familiares possuem desafios no quesito "Evolução", mas há que se reconhecer avanços relevantes com cases de profissionalização e aumento do grau de governança. Sabe-se que estilos de liderança e prioridades distintas entre gerações muitas vezes geram esses atritos. Nesse contexto, treinamentos focados em diversidade geracional têm se mostrado eficazes, ajudando a alinhar visões e valores.
PRESSÃO POR RESULTADOS: O APOTEÓTICO FINAL DO CARNAVAL CORPORATIVO
A busca por resultados é um elemento universal nas organizações. Contudo, em tempos de disrupção, ela se torna ainda mais desafiadora. Empresas que buscam equilibrar performance com engajamento humano se destacam, mas aquelas que não o fazem enfrentam altos índices de rotatividade.
Conclusão
Seja no retorno ao presencial, na adoção da IA ou na gestão de gerações, uma coisa é clara: as organizações estão vivendo um desfile desafiador, onde o improviso não é opção. Os contratos psicológicos, invisíveis, mas essenciais, são a melodia que mantém a harmonia entre as alas, garantindo que a confiança, a colaboração e os resultados desfilem lado a lado.Liderar no mundo corporativo é como comandar um carro alegórico: é preciso equilibrar inovação tecnológica, diversidade e a paixão das equipes. E, assim como no carnaval, o verdadeiro espetáculo surge quando todos encontram seu ritmo e dançam juntos pela mesma história.
Pronto para liderar o próximo desfile corporativo? Na passarela corporativa, o sucesso é conquistado com harmonia, propósito e a ousadia de fazer história.
Cris Reis
é CEO e Founder da Nvalor Group, consultoria especializada em reestruturação de empresas, cultura organizacional e alta performance. Conselheira Fiscal na ABC3 e Membra do Conselho do G-100, é Mestre em Gestão de Competitividade (FGV) e possui mais de 20 anos de experiência em Operações e Finanças, com passagens por empresas como Itaú BBA, Bradesco Seguros, Ambev, BR Farma, Sistema Unimed, Alliar e Dasa. Professora convidada na FDC, palestrante e mentora, é especialista em liderança estratégica e desenvolvimento de negócios.
cristina.reis21@gmail.com