O Itaú Unibanco, maior banco privado da América Latina e líder do ranking de lucros de bancos com capital aberto no primeiro semestre deste ano, foi o grande vencedor do IR Magazine Awards Brazil 2014. O banco ganhou o Grand Prix de melhor programa de relações com investidores (large cap), além de ter sido premiado em outras seis categorias: melhor teleconferência, melhor encontro com investidores (large cap); melhor relatório anual; melhor uso da tecnologia; melhor desempenho em relações com investidores no período 2005-2014; e melhor relações com investidores no setor financeiro. Com o resultado deste ano, o banco passou a exibir em sua coleção de vitórias quatro Grand Prix do IR Brazil Awards.
A premiação é o reconhecimento de um conjunto de ações que reforçam o compromisso do Itaú com a transparência, tempestividade e relacionamento com todos os integrantes do mercado de capitais. De acordo com Marcelo Kopel, diretor corporativo de controladoria e relações com investidores do banco, o Grand Prix é um reconhecimento dos passos contínuos em direção à geração de comunicação e acesso, do comprometimento da alta administração com as atividades de Relações com Investidores e ainda da busca ininterrupta por melhores práticas de RI ao redor do mundo.
O Itaú envia pelo menos um representante aos eventos de RI nacionais e internacionais, o que permite que o banco tenha acesso e acompanhe em tempo real o que de mais moderno está sendo praticado em relações com investidores no planeta, observa Kopel.
Anualmente, também marca presença na conferência realizada pelo NIRI, maior associação de profissionais de relações com investidores do mundo. Com mais de mais de 3,3 mil membros, a associação representa mais de 1,6 mil empresas de capital aberto e sua missão é discutir e promover as melhores práticas de relações com os investidores.
Para André Riva, analista sênior de bancos brasileiros da GBM Brasil, empresa mexicana do mercado de capitais que também atua no Chile e nos Estados Unidos, o prêmio foi merecido. O Itaú se diferencia dos outros bancos em RI por ter uma equipe um pouco mais sênior, diz ele. “O analista é atendido por uma equipe de RI bem preparada. Além disso, a qualidade das informações que o banco divulga junto com os resultados trimestrais está acima do que fazem os demais pares do mercado”, acrescenta.
Em sua análise, Riva também aponta que o banco tem trazido melhorias na qualidade de crédito coisa que outros bancos não estão entregando. “O Itaú vem apresentando redução nas despesas de provisão que tem gerado rentabilidade acima da média da indústria”. Com isso, conforme o analista, apesar da demanda fraca por crédito que o sistema vem apresentando atualmente o banco tem conseguido apresentar bons resultados. A rentabilidade média sobre o patrimônio (ROE) do banco ficou em 23,3% no segundo trimestre do ano.
De janeiro a junho deste ano, o lucro líquido do Itaú atingiu R$ 9,32 bilhões, o que significou um aumento de 32,1% em relação ao mesmo período de 2013. Kopel atribuiu o resultado ao crescimento de 12,6% do produto bancário e à queda de 14,25 nas perdas de crédito e sinistros líquidos de recuperação. De acordo com a consultoria Economática, o lucro do Itaú nos seis primeiros meses deste ano foi o maior da história do banco considerando esse período. O líder entre os bancos é o Banco do Brasil, que, no primeiro semestre de 2013 alcançou lucro de R$ 10 bilhões.
Felipe Silveira, analista da Coinvalores, que atua no mercado desde 1979 e tem como único foco a administração de recursos de terceiros, destaca como diferencial no relacionamento do Itaú com o mercado, a atenção dada ao investidor pessoa física. “O Itaú tem uma estratégia interessante de fazer reuniões em várias cidades fora das capitais Rio/São Paulo para falar com pessoas físicas. Isso permite um contanto direto com esses investidores o que é muito importante”. Como prática de atendimento ao investidor pessoa física – que de acordo com o Kopel soma cerca de 90 mil – o analista também destaca o website de RI, que conta com um link específico para o investidor individual.
Entre as ações que considera diferenciais na atuação do Itaú, Kopel cita a divulgação formal de informações, a unificação do relatório anual, a atenção que dá aos investidores pessoas físicas, as pesquisas para ouvir e atuar sobre as demandas de analistas e ainda a disponibilidade do management para atender os agentes do mercado com rapidez e profundidade.
Relatório Integrado
Na divulgação de informações um grande diferencial do Itaú é a unificação do relatório anual. Na avaliação da direção do banco, mais do que uma mudança na estrutura do relatório, esta foi uma mudança na governança da informação praticada pela instituição. O banco unificou três importantes relatórios: o Relatório Anual (contendo indicadores de sustentabilidade no padrão GRI), o Formulário 20F e Relatório de Dívida, que fornece todas as informações necessárias para o investidor de renda fixa do banco.
“Com o relatório integrado colocamos reunidas numa única peça todas as informações relevantes, facilitando a vida de todos os que consomem informações do banco”, ressaltou Kopel.
No Relatório Anual de 2012, o banco já havia realizado grandes transformações, alinhando o conteúdo dos diferentes relatórios e criando os alicerces para o Relatório Integrado proposto pela IIRC (International Integrated Reporting Council), figurando como uma das empresas piloto no Brasil na publicação voluntária do Relatório Integrado.
No ano passado, o banco foi a companhia aberta que mais realizou encontros com analistas e investidores. Foram 22 reuniões Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), contando com aproximadamente cinco mil participantes e oito teleconferências que contaram com a participação de mais de duas mil pessoas no Brasil e mais de 700 do exterior. As teleconferências, que têm uma hora e meia de duração, são realizadas no dia seguinte à divulgação trimestral de resultados, todas transmitidas por telefone e internet, em português, espanhol e inglês. O tempo era menor, mas foi estendido para que os executivos pudessem responder a perguntas dos participantes, comenta Kopel.
Na comunicação com os investidores, o banco está entre os primeiros colocados no ranking de participação em conferências, realização de roadshows e encontros com investidores. “No setor financeiro fomos a primeira instituição a utilizar redes sociais como o Facebook e o Twitter como instrumentos de divulgação de informações sobre a companhia”, ressalta. Além disso, no ano passado atendeu mais de 950 investidores institucionais em 26 conferências e roadshows nacionais e internacionais, que são realizados em países em que o Itaú já tem investidores e naqueles em que vê investidores potenciais.
Nos encontros com investidores, o evento de maior destaque realizado pela instituição é o Itaú Unibanco Investors` Day. Em fevereiro deste ano, foi realizado o 4º encontro Itaú Unibanco Investors’ Day em São Paulo, voltado para investidores institucionais, que contou com apresentação do CEO Roberto Setubal, e teve contou com a presença de diversos analistas e investidores.
Também para atender as demandas de mercado, o banco faz pesquisas para saber o que analistas e investidores querem saber e sobre o que acham das informações que estão sendo disponibilizadas pelo banco. Kopel conta que recentemente surgiu nas pesquisas um descontentamento de analistas com relação à planilha de resultados do banco. De posse dessa informação, o banco promoveu melhorias na planilha o que, segundo analistas, resultou numa melhora substancial.
Outra prática de destaque na atuação do Itaú no mercado é acompanhar tendências tecnológicas. Em 2013, o banco lançou uma nova versão multiplataforma do site de Relações com Investidores, construída com o objetivo de tornar mais simples e fácil o acesso ao conteúdo de interesse do usuário, permitindo que as informações sejam encontradas de maneira intuitiva, obaserva Kopel. Com páginas mais leves e tecnologia mais avançada, essa nova versão possibilita a visualização de conteúdo com maior rapidez, independente do tipo de dispositivo utilizado (desktop, mobile e tablet).