CEO & EXECUTIVO DE RI “LARGE CAP”

KROTON: A MAIOR EMPRESA DO MUNDO DO SETOR EDUCACIONAL

Mais uma vez, este ano, o principal executivo da Kroton Educacional, Rodrigo Galindo, e seu diretor de relações com investidores, Carlos Lazar subiram ao pódio da premiação IR Magazine Awards Brazil 2014. Galindo foi premiado como: “Melhor desempenho em RI por um CEO”. Foi a terceira vitória consecutiva do executivo nessa categoria. Lazar faturou o prêmio de “Melhor Executivo de RI (empresas “large cap”), pelo segundo ano consecutivo. Em 2012, Lazar também foi premiado nessa categoria, mas para empresas “small & mid cap”.

A atuação de Rodrigo Galindo à frente da companhia, vem sendo reconhecida pelo mercado como um dos fatores propulsores da expressiva expansão que alçou a Kroton ao status de maior empresa do mundo do setor educacional. O crescimento foi puxado principalmente por um bem sucedido processo de fusões e aquisições, que culminou com sua união com a Anhanguera Educacional, aprovada recentemente pelo Cade (Conselho Administração de Defesa Econômica). Nos últimos cinco anos, a Kroton realizou 25 aquisições e a Anhanguera, 39.

A união entre as duas empresas, realizada por meio de uma troca de ações estimada em R$ 5 bilhões, deu origem a maior empresa de educação no mercado internacional, com valor de mercado próximo a R$ 12 bilhões, o dobro da segunda colocada, a chinesa New Oriental. No mercado interno, juntas as duas empresas passam à liderança do setor com cerca de 1,5 milhão de estudantes e com um faturamento que é o dobro da segunda colocada, a Estácio, controlada pelo fundo de private equity GP Investments.

Para agentes do mercado, com um valor de mercado maior, em diversos aspectos a Kroton pode ser considerada vencedora do processo de negociação, apesar da operação ter sido tratada como fusão. Atualmente, a Kroton é a empresa mais eficiente do mercado e essa característica contou a seu favor, conforme a percepção de investidores do setor de educação.

O presidente executivo da nova empresa resultante da fusão será Galindo, que terá carta-branca para formar sua diretoria, conforme informações divulgadas na mídia. Em entrevista à revista Exame, Galindo afirmou que “foi uma das negociações mais velozes e certamente a mais importante da minha vida”.

Na avaliação de investidores e analistas, o elevado conhecimento de Galindo sobre o setor educacional e seu profundo entendimento sobre o negócio da Kroton está por trás do sucesso da empresa não só nessa negociação, mas em toda a sua expansão nos últimos anos. Apesar de ainda jovem, Galindo - graduado em direito e mestre em educação - é gestor de instituições educacionais há 25 anos. Antes de ingressar na Kroton foi pró-reitor administrativo da Universidade de Cuiabá e CEO do Grupo Educacional IUNI.

De acordo com diretor de RI da Kroton, Carlos Lazar, o conhecimento de Galindo foi disseminado entre todos os integrantes da administração da companhia, o que também contribuiu para impulsionar seu desempenho no mercado. “Todo mundo têm que entender a fundo não só sobre os negócios da companhia como ser educador e aproveitar para educar o mercado sobre a Kroton.”

Segundo Guilherme Moura, analista da corretora Fator, no primeiro semestre deste ano, a receita líquida da Kroton mais Anhanguera totalizou R$ 2,5 bilhões. Após a união com a Anhanguera, a companhia passou a contar com 125 unidades de ensino superior, presentes em 18 estados e 83 cidades brasileiras. Na educação básica, ainda conta com mais de 870 escolas associadas em todo o território nacional. A fusão também adicionou ao seu portfólio mais de 400 pólos de cursos livres e preparatórios.

Daniel Liberato e Felipe Silveira, analistas da corretora Coinvalores, apontam como um dos vetores de sucesso da Kroton uma posição muito forte no ensino a distância. Junto com a Anhanguera, a companhia passou a contar com 726 pólos de graduação em ensino a distância credenciados pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) localizados em todos os estados brasileiros e também no Distrito Federal.

Conforme Lazar, pelo acordo de fusão com a Anhanguera, a companhia estruturará neste segundo semestre o processo de venda da Uniasselvi. Ele afirmou, porém, que há tempo até que ele seja concluído. Algumas companhias já manifestaram interesse em avaliar a Uniasselvi para uma possível aquisição, acrescentou.

Além das operações de fusões e aquisições, a companhia contou e conta com outros agentes de crescimento, como o geográfico e os programas governamentais. Entre eles, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Alinhado com os programas do governo, a Kroton disponibiliza bolsas de estudo e financiamento estudantil com o objetivo de permitir o acesso de todos a um ensino superior de qualidade reconhecida pelo MEC.

Diferencial do RI

Falando sobre a premiação, Lazar apontou a disponibilidade de ficar o mais próximo da comunidade financeira como o grande diferencial da Kroton no relacionamento com o mercado. “A Kroton não restringe o acesso ao mercado. Mostra sua operação para os investidores nas mais diferentes dimensões, o que garante credibilidade e um pleno alinhamento entre o mercado e a companhia”.

Guilherme Moura, analista da Fator, ressalta a credibilidade da empresa na comunicação ao mercado. “A Kroton não promete coisas com baixa probabilidade de entrega, evitando falsas expectativas para o investidor”, afirma. Liberato destaca o relacionamento bastante ativo da empresa e a abrangente abertura da informação.

Para estreitar seu relacionamento com o mercado, a companhia participa de eventos de Bancos de Investimentos, realiza roadshows e anualmente promove o Kroton Investors` Day, onde seus executivos passam o dia inteiro à disposição de analistas e investidores. Em 2013 realizou 12 roadshows locais e internacionais e participou de diversos eventos do mercado, informou o RI.

De acordo com Lazar, a participação no Investors` Day tem sido um termômetro importante do interesse crescente do mercado pela companhia. No ano passado, 200 pessoas compareceram ao evento, um aumento significativo em relação a 2011, quando a participação ficou em torno 50 pessoas. A empresa conta com um número significativo de investidores, com uma participação relevante de investidores estrangeiros. O diretor de RI observa, porém, que sua base acionária é bastante diversificada. “Nenhum investidor tem mais de 5% do capital da companhia”, destaca.

A companhia não realiza reuniões APIMECs (encontros com a comunidade de analistas), que tem sido uma prática bastante reconhecida pela categoria. Lazar informou que a Kroton optou por um atendimento individual e, na opinião dele, a prática tem sido bem aceita pelos analistas. O atendimento é feito por e-mail e por telefone com respostas rápidas e diretas, o garante um relacionamento estreito com analistas, acrescenta.

Em governança corporativa, a Kroton está em compliance com as boas práticas em vigor no mercado, ressalta. Seu Conselho de Administração é composto de dez membros efetivos e é responsável pela formulação e implantação das suas políticas e diretrizes gerais de negócios, incluindo suas estratégias de longo prazo. A companhia possui quatro comitês consultivos, cuja função é subsidiar processos decisórios e apoiar a diretoria executiva. Os diretores são eleitos pelo Conselho com mandato de um ano, permitida a reeleição, podendo ser destituídos a qualquer tempo.

Responsabilidade Social

Após a fusão com a Anhanguera, a companhia incorporou a sua área de Responsabilidade Social que, em 2013, foi responsável por coordenar mais de 1,6 milhão de atendimentos por meio de mais de 1.250 projetos. Entre as principais iniciativas entre os projetos de responsabilidade social e ambiental da Anhanguera, destaca o Trote Solidário, a Semana de Ensino Responsável e a Semana Global de Empreendedorismo.

Como investimento social, a companhia mantém a Fundação Pitágoras, uma organização sem fins lucrativos, que viabiliza projetos educacionais em instituições públicas e privadas. O objetivo é transferir tecnologia de gestão e capacitar os profissionais para melhorar o desempenho dos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Adicionalmente, a empresa possui projetos de responsabilidade social em todas as suas unidades de ensino presencial que no último ano realizaram mais de um milhão de atendimentos, principalmente nas áreas de saúde e bem-estar.


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