Pesquisa

ESTUDO DA LLYC: ESG PRECISA AVANÇAR NO DIÁLOGO E CONEXÃO COM A SOCIEDADE CIVIL

Na crise humanitária da Covid-19, vimos a ascensão do acrônimo ESG (Ambiental, Social e Governança) se incorporar à gestão e narrativa das empresas, pautando uma nova conversação na sociedade. Também vivenciamos uma revolução na interação em rede global, conectando ativistas de todo planeta em causas, propósitos comuns e transversais, exigindo mudanças no modelo econômico ainda baseado no capitalismo do século XX.

Vejo que o ESG pode exercer um grande protagonismo nesta transição, mas, como todo conhecimento em evolução, há muitos desafios a serem superados. E a pergunta é:

“Será que ele realmente vai ter a capacidade transformadora para nos alçar a este idealizado Capitalismo Consciente, impulsionando empresas, organizações e governos a ocupar um novo papel social e ambiental de forma transparente, engajada e consonante com as novas demandas da sociedade civil?”

Foi em busca dessas respostas que realizamos, na LLYC, consultoria global de gestão da comunicação e reputação - o primeiro estudo sobre ESG na Big Data, no Brasil, com uso de inteligência artificial (IA) e machine learning para entender seu alcance, influência, e os sentimentos da a sociedade civil sobre o tema.

O estudo “Dissonâncias do ESG com a sociedade civil” analisou, entre o período de 2019 a 2021, mais de 3,3 milhões de menções em redes sociais, blogs e sites, incluindo a análise da conversação sobre ESG das 100 maiores empresas brasileiras listadas pela Revista Exame em 2021.

Seus resultados revelam dados que já alertam à necessidade de uma reorientação estratégica na gestão e narrativa em ESG das empresas, para que dialoguem e se relacionem melhor com os seus stakeholders. Constatamos que, dentro do grupo das 100 maiores companhias brasileiras, muitas comunicam o ESG, mas poucas dialogam com a sociedade, mantendo sua conversação numa esfera digital entre o trade, escolas de negócio e especialistas. E este é um dado importante, pois mostra como estamos, sem perceber, conversando com nossa “bolha digital”, tanto de forma pessoal como profissional, inviabilizando um diálogo mais transparente, legítimo e consonante com a sociedade civil.

Buscamos também entender quem são os principais influenciadores em ESG e de movimentos representativos de causas e propósitos relacionados, quais temáticas mais mencionadas por eles nos três pilares e se são consonantes, e quem vem ocupando o espaço de fala na democratização do acrônimo na sociedade civil.

Neste contexto, além dos influencers: Sonia Consiglio; Fábio Alperowitch; Denise Hills; Naiara Bertão; Antonio Emílio Freire; e Viviane Mansi - comprovamos, por meio de dados, o importante papel social da imprensa na recuperação da confiança, diante da disseminação massiva de fake news nos últimos três anos. Entre as mais relevantes estão: Revista RI; Revista Plurale; os cadernos Práticas ESG, do Valor Econômico; e Retomada Verde, do Estadão; e o portal Capital Reset.

Principais Influenciadores e Mídias em ESG no Brasil 

Principais Influenciadores

 A mídia tem empreendido uma função importante na conexão entre o ESG e a sociedade civil, buscando conectar e dar voz, tanto a lideranças de movimentos representativos quanto de lideranças empresariais, funcionando como um conector social. entre as diferentes causas e propósitos. “É um dado muito importante neste processo de reconstrução da confiança, num período marcado pela difusão em massa de desinformação, que desorienta e contribui para um entendimento difuso sobre ESG na sociedade civil”.

NOTA: Para download da íntegra do Estudo da LLYC: “Dissonâncias do ESG com a sociedade civil” - acesse: https://resources.llorenteycuenca.com/pt-br/dissonancias-esg-sociedade.


Anatricia Borges
é jornalista, diretora da área ESG da LLYC Brasil e colunista da Revista Plurale.
aborges@llorenteycuenca.com


Continua...